Seca extrema já afeta 80% do estado de Sergipe, aponta ANA
Órgãos ambientais devem monitorar regiões afetadas em busca de soluções Cotidiano | Por Fernanda Araujo 11/03/2019 11h01 - Atualizado em 11/03/2019 12h07Cerca de 80% do estado de Sergipe passou de seca grave para seca extrema, segundo o Monitor de Secas de janeiro deste ano, da Agência Nacional de Águas (ANA). Os impactos vão de curto a longo prazos e já afetam a agricultura, a fauna e a flora do estado, onde impera o semiárido.
A escassez de água já é considerada grave nas regiões do Oeste e Sertão do estado, segundo o superintendente de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Olivier Chagas. Ao todo, 26 municípios já decretaram emergência por conta da seca. Alguns dos que registram estiagem são Itabaianinha, Malhador e Tobias Barreto, esta última com situação já mostrada pelo F5 News.
“Em 50% dos municípios do litoral ao agreste encontramos certa normalidade, mas do agreste em diante, a situação se agravou, temos picos de crise forte”, disse Chagas à TV Atalaia.
O problema tem preocupado os órgãos ambientais que discutem, nesta segunda-feira (11), medidas para acompanhar a situação hídrica e apontar soluções. A reunião acontece durante todo o dia com a secretaria, Deso, Cohidro, Emdagro e Codevasf, com o objetivo de realizar o monitoramento das áreas afetadas através do preenchimento de formulários padrão, inclusive em regiões com pouca cobertura, para obter um diagnóstico preciso sobre o tamanho do problema.
“A partir daí poderemos encaminhar soluções de políticas de Estado, esse é o foco. Porém, são importantes também as ações efetivas a médio e longo prazo. A gente precisa cuidar do reflorestamento, dos rios, trabalhar a economia de água, isso não só o estado, mas a sociedade como um todo”, alerta Olivier Chagas.
De acordo com o superintendente, é importante que a população também faça a sua parte e se conscientize sobre a necessidade de evitar o desperdício, além de procurar meios de captar água da chuva e estar atento aos cuidados com o meio ambiente. O inventário florestal do estado aponta que em Sergipe existem apenas 13% do que restou da mata original.
“Quando se pensa na água, pensa na flora, na vegetação, é um conjunto, uma coisa está intrinsecamente ligada à outra. Somos um estado carente, onde a chuva chega e o solo tem dificuldade em fazer a absorção. Essa água poderia ir para os lençóis e estaria acumulada, mas por conta da falta de vegetação encontra um solo sem porosidade, com facilidade de evaporar. Se a gente acabar com as matas ciliares, em torno de rios e barragens, não vai ter condição de acumular água necessária para o tempo de estiagem, que é o que está acontecendo agora”, ressalta.
O superintendente afirma ainda que o Estado tem realizado ações para minimizar os impactos, entre elas o controle dos mananciais para garantir a água para o uso humano e evitar a irrigação. Outra medida que está sendo estudada é a plantação de 600 mil mudas de Mata Atlântica no entorno de mananciais da bacia do rio Sergipe, um investimento de quase R$ 15 milhões.


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