A secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barbosa (foto), comentou hoje (22) o déficit de profissionais psiquiatras na rede pública da capital. O problema, que se arrasta há mais de um ano, foi judicializado pelo Ministério Público do Estado (MPE), mas segundo ela "foge à capacidade gerencial" da pasta, por conta da falta de mão de obra qualificada.

Foto: Sérgio Silva/PMA

Existem atualmente 79 profissionais dessa especialidade com registro ativo no Conselho Regional de Medicina em Sergipe (CRM). Embora não consiga estimar o número ideal, há confirmação da existência de uma demanda reprimida de pacientes que estão com assistência prejudicada. 

Ao ser questionada pelo F5 News, durante entrevista na FAN FM, Waneska disse que a dificuldade está concentrada na indisponibilidade de psiquiatras para cobrir as vagas. Por isso, conforme a secretária, também não é possível estimar um prazo para regularização da oferta dessa especialidade nas unidades geridas pela Saúde municipal. 

Ainda segundo a secretária, a falta de médicos especialistas se estende para outras áreas e deve receber atenção prioritária da gestão este ano. “Um paciente que necessita de um tratamento oftalmológico, por exemplo, não pode fazer determinado exame e voltar para fila, ele precisa ter continuidade, para ter seu problema resolvido. Em nenhum  momento deixarei isso de lado, porque essa é a reclamação da população", disse. 

Quanto à área da psiquiatria, a Secretaria da Saúde pactuou ontem (21) no Ministério Público que realizaria estudos de viabilidade para realização de um Processo Seletivo Simplificado para contratação de profissionais.