O segundo suspeito de matar o vigilante Mário Sérgio Barbosa Santos, de 42 anos, em uma escola no município sergipano de Capela, se entregou à polícia nesse final de semana. Identificado como Ivo Cláudio Santos de Jesus, 19 anos, ele confessou a participação no crime e deu indícios à polícia de como teria acontecido.

Arte: Ascom/ SSP

Com a morte de Emanuel Messias dos Santos França (foto), vulgo 'Neo', de 20 anos, no último dia 10, Ivo, que estava foragido, decidiu se entregar e passar grande parte da autoria do crime para o suspeito morto.

"Ele disse que foi o Emanuel Messias quem decepou a mão e arrancou a língua do vigilante ainda em vida. Ele teria desferido facadas na vítima quando o corpo já estava mutilado, mas isso vai ser comprovado com o laudo cadavérico", disse o delegado Wanderson Bastos.

Apesar do suspeito não confesar a autoria, a Polícia Civil também atribui a invasão e furto na casa da vítima, no dia do velório, a Ivo Cláudio. "O objetivo foi desmoralizar a vítima e a família da vítima", salientou o delegado, reforçando que não há dúvidas de que a motivação do crime foi a vingança, pois a vítima era um homem que atuava a favor da polícia, fazendo denúncias contra os criminosos.

Ainda conforme o delegado Wanderson Bastos, o trabalho papiloscópico executado pelo Instituto de Identificação, com coleta de impressões digitais, possibilitou o reconhecimento dos envolvidos. Outra evidência importante utilizada pelo delegado foram imagens de câmeras da cidade, que identificaram os dois criminosos saindo da cena do crime e nas adjacências.

Ao todo, ainda existem três foragidos que tiveram participação direta ou indireta no crime. Eles não serão identificados por serem alvos de outra investigação sigilosa da polícia. "Precisamos robustecer as evidências acerca da participação desses outros três e por isso não vou mencionar o nome de mais ninguém. Eu posso atrapalhar as investigações policiais", afirmou o delegado.

"A investigação está parcialmente concluída, já temos elementos para que a representante do Ministério Público, se assim entender, ofereça denúncia contra Ivo Cláudio. Esse caso vai para júri popular e o procedimento, em tese, está pronto para que possa dar instrução criminal, mas isso não nos impede de, em paralelo, continuar as investigações", afirmou Wanderson Bastos.