Apesar da normalização da circulação de ônibus na Grande Aracaju, persiste o impasse entre os rodoviários. Dezenas de trabalhadores estão mobilizados na porta do Sindicato da categoria, no bairro São José, região central de Aracaju, na noite deste domingo (28), em função de uma assembleia que havia sido convocada para deliberar o indicativo de greve aprovado na semana retrasada para esta segunda-feira (1). 

Rodoviários concentrados na porta do Sinttra. Foto: cedida ao F5 News

Fotos, vídeos e relatos obtidos pelo F5 News indicam que o clima é tenso no local porque o presidente do Sinttra, Miguel Belarmino, decidiu não realizar a assembleia em função do acordo firmado com o Sindicato patronal no final da semana passada, o que deflagrou uma nova onda de protestos de parte dos rodoviários, e a suspensão do serviço por quase 24 horas, além da paralisação de ao menos 130 veículos que foram alvo de depredação entre a sexta e o sábado. 

A informação foi confirmada pelo presidente Miguel Belarmino. Em nota, encaminhado ao F5 News, ele afirmou que “em virtude da audiência de mediação ocorrida na última sexta feira (26/02) no MPT não existe razão para a realização da concentração anteriormente convocada para as 22h deste dia 28/02/2021”.

Segundo Belarmino, na manhã desta segunda feira (01/03)  direção do Sindicato deve se reunir para traçar “futuras diretrizes que permitirão fazer com que a grande maioria dos trabalhadores não seja prejudicada pela minoria”. Os rodoviários reunimos na porta do Sinttra, no entanto, dizem que farão uma nova paralisação do serviço nesta segunda.

A reportagem do F5 News apurou que a Polícia Militar monitora a situação e está se mobilizando para iniciar uma operação às 3h da madrugada com a finalidade de garantir a circulação da frota mínima de 70% dos ônibus, conforme decisão liminar da Justiça do Trabalho.

Por volta de 23h, guarnições da PM foram deslocadas até as portas das garagens das empresas de ônibus para fazer a escolta dos veículos na saída para o serviço.

Parte dos rodoviários discorda do acordo coletivo celebrado e pedem, além de melhores condições de trabalho, a volta integral do ticket de alimentação, o fim da dupla função e a manutenção do plano de saúde.

O F5 News seguirá acompanhando a situação.