Sem médicos cubanos, Sergipe deve perder 94 profissionais
Programa atende mais de 607 mil sergipanos, de acordo com o Ministério da Saúde Cotidiano | Por F5 News 14/11/2018 17h30 - Atualizado em 14/11/2018 18h03O anúncio do governo cubano de rompimento da parceria com o Brasil no projeto Mais Médicos terá impacto direto em Sergipe. O Estado conta atualmente com 96 profissionais em mais de 40 cidades.
O primeiro grupo chegou em 2014. Eles trabalham em todas as regiões sergipanas, mas principalmente nos municípios menores, atendendo a uma população de mais de 607 mil sergipanos.
Em um texto publicado na internet, o Ministério de Saúde Pública de Cuba disse que “tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou à diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa".
Os médicos receberam um comunicado de que devem voltar para Cuba assim que receberem os tickets de passagem. Diante do aviso, alguns profissionais chegaram a ir para casa durante o dia no aguardo de novas orientações.
O Programa de Médicos está em andamento desde agosto de 2013 com médicos de diversos países e, desde então, quase 20 mil médicos cubanos já atenderam 113,5 milhões de brasileiros, segundo o governo federal.
Em diferentes ocasiões durante sua campanha eleitoral, Bolsonaro anunciou que suspenderia esse programa com a OPAS e Cuba e que seu governo contrataria individualmente médicos que desejassem permanecer no Brasil.
O presidente eleito disse hoje (14) que manterá o programa Mais Médicos e vai substituir os profissionais cubanos por brasileiros ou estrangeiros. Ele afirmou que os cubanos que quiserem atuar no país devem revalidar os respectivos diplomas.
Bolsonaro acusou o governo cubano de explorar os profissionais e ainda pôs em dúvida a capacidade profissional dos médicos oriundos da ilha. "Em torno de 70% do salário desses médicos é confiscado para a ditadura cubana. E outra coisa, que é um desrespeito com quem recebe o tratamento por parte desses cubanos, não temos qualquer comprovação que eles sejam realmente médicos e estejam aptos a desempenhar sua função", disse.
Bolsonaro reafirmou a exigência que seu governo fará para manter os médicos cubanos no programa. "Se fizerem o Revalida, salário integral e puderem trazer a família, eu topo continuar o programa."
A Secretaria da Saúde de Sergipe ainda não se manifestou sobre o assunto.


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos