Impasse
Sem reajuste, greve dos médicos de Aracaju já dura quase dois meses
Sindimed alega corte de salários de grevistas; Secretaria da Saúde nega
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 05/09/2018 13h45 - Atualizado em 05/09/2018 13h50

Há quase dois meses parte dos médicos da capital sergipana permanece de braços cruzados. A Prefeitura de Aracaju nega reajuste salarial à categoria, alegando falta de condições financeiras do Município, enquanto os médicos afirmam que a administração tem possibilidades de conceder a recomposição salarial.

O impasse segue na Justiça sergipana, relatado pelo desembargador Diógenes Barreto, que chegou a convocar a gestão da capital para uma audiência de conciliação com o sindicato da categoria e concedeu prazo, encerrado na segunda (3), para que a prefeitura se manifestasse sobre a greve.

“No final da tarde de segunda, a prefeitura se manifestou dizendo que não quer negociar nos termos da audiência que seria de conciliação e não deu contraproposta. Ou seja, nem mesmo diante da Justiça eles querem negociar”, afirmou o diretor do Sindimed, João Augusto.

Segundo o médico, um relatório financeiro feito pela PMA demonstra que existem condições de conceder o reajuste de até 5,72%. “No entanto, a gente só está pedindo a metade (2,94%) de reajuste a partir de outubro; o retroativo à data base e a tabela única dos médicos a partir de 2019, sendo que a prefeitura iria iniciar a tabela em janeiro deste ano e até agora nada”, criticou João.

A Justiça ainda analisa o mandado de segurança ajuizado pela administração municipal, que pediu a ilegalidade da greve dos médicos. Em torno de 170 profissionais seguem paralisados há 45 dias. Os serviços de urgência nas unidades de saúde estão mantidos, há apenas interrupções parciais.

Ainda segundo João Augusto, a prefeitura tem cortado os salários dos grevistas. “A greve não foi decretada ilegal, por consequência não poderia cortar os salários antes da decisão final. Isso é uma estratégia para desmobilizar a categoria. Vamos aguardar a decisão sobre a greve e entrar na Justiça contra isso também. Estamos pegando os contracheques de quem está em greve”, disse.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informa que já se manifestou nos autos do processo “e reforçou que diante das condições financeiras, exaustivamente discutidas extrajudicialmente com todas as categorias, inclusive a dos médicos, não poderá conceder reajuste salarial à classe médica. A decisão agora ficará a cargo da Justiça”.

A pasta também nega que tenha cortado o salário de qualquer profissional e rebate a informação, considerada mentirosa. “A Prefeitura nunca fez corte de ponto de forma irregular. Todos os cortes feitos pela gestão foram de profissionais que faltaram ao trabalho sem justificativa”, completou a assessoria de comunicação.

 

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