Sem seguro defeso, marisqueiras passam por dificuldades financeiras em SE
Segundo INSS, avaliação de documentação de 6 mil pessoas ainda está pendente
Cotidiano | Por F5 News 26/04/2019 15h58 - Atualizado em 26/04/2019 16h21

Mais uma vez um grupo de marisqueiras voltou a cobrar o pagamento do seguro-defeso que está atrasado desde o ano passado. Parte das trabalhadoras, da Colônia Miranda em São Cristóvão, região metropolitana de Aracaju (SE), afirma que ainda estão sem receber o benefício do mês de novembro do defeso do peixe Piracema. Nesta situação, contas atrasadas e dívidas se acumulam.

Em busca de uma resposta, as marisqueiras seguiram na manhã desta sexta-feira (26) para a gerência executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no bairro Jardins, zona Sul de Aracaju. As trabalhadoras chegaram à unidade por volta das 10h, mas não conseguiram atendimento na agência que funciona até o meio dia, e das 13h até às 16h.

"Saímos de São Cristóvão e não conseguimos atendimento, e fecharam a porta na nossa cara. Estamos atrás de nossos direitos, de respostas. Ficam com o jogo de empurra, diz que vai sair hoje, amanhã. Esse dinheiro já tem mais de seis meses e nunca sai", reclamou a marisqueira Letícia à TV Atalaia.

De acordo com os relatos, os atrasos têm acontecido em várias regiões, como nos municípios de Ilha das Flores, Propriá, Estância, Pirambu, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro.

Sem prazo, a alegação na agência é de que continua a falta de funcionário no INSS para digitar os cadastros no computador e fazer a liberação dos benefícios.

O defeso do peixe Piracema começa em novembro e vai até 28 de fevereiro, período em que a pesca é proibida visando favorecer a reprodução da espécie. Segundo as marisqueiras, muitas continuam passando dificuldades financeiras já que ficaram sem trabalhar no período e estão sem renda.

Além deste, um novo período de defeso do camarão já iniciou no dia primeiro de abril e vai até o próximo mês de maio. Elas também afirmam que estão sem perspectiva de também para o pagamento deste ano. "Chegou mais um defeso, não podemos trabalhar, e estamos sem saber o que fazer. De mãos atadas", criticam elas, que também procuraram o Ministério Público Federal.

Em entrevista à TV Atalaia, o gerente executivo do INSS, Raimundo Brito, informou que a agência onde as marisqueiras procuraram atendimento não atende ao segurado. Segundo ele, as reclamações devem ser feitas diretamente às diretorias das Colônias e das Associações de cada região, as quais são responsáveis por levar as demandas ao INSS. 

Raimundo confirmou que, dos 24 mil trabalhadores, ainda existe atraso para a avaliação da documentação de 6 mil pescadores e marisqueiras. No entanto, a previsão é que nas próximas três semanas o problema seja resolvido. "São muitos pescadores que temos que dar conta em quatro meses, mas conseguimos trazer fúncionários de outros estados para agilizar. Quem tiver direito vai receber, já os que tiverem exigência e ela não for cumprida vamos indeferir o pedido", completou.

 

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