Sementeira: peixes aparecem mortos e Emsurb programa despescagem
Baixo nível do lago, superpopulação e salinidade da água provocaram mortandade
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 18/03/2019 10h57 - Atualizado em 18/03/2019 13h52

Peixes que estão no lago do Parque Augusto Franco, conhecido como Sementeira, na região Sul de Aracaju (SE), voltaram a aparecer mortos neste domingo (17). Após análises feitas no local foi constatado que o nível de oxigenação é positivo e não há contaminação na água do lago, que é proveniente da chuva e do mar.

Esta já é a terceira vez só neste ano que os animais da espécie tilápia surgem boiando. A primeira aconteceu em janeiro e a última vez em fevereiro, quando os estudos foram feitos pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas (ITPS). O lago também reúne peixes de camurupim, robalo e curiman, mas segundo a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que gerencia o Parque, não houve danos à essas espécies. 

De acordo com o laudo solicitado pela Emsurb, as mortes foram provocadas pelo crescimento exacerbado da população de peixes e devido ao baixo nível da água pela falta de chuvas no período.

Ainda foi verificado alto índice de salinidade no lago por conta da presença da água do mar, “que necessariamente e de forma controlada, chega ao lago por meio das comportas”, informou a Emsurb, por meio de nota.

A pasta ressalta que vai realizar a despescagem nas águas do lago nos próximos dias. Em fevereiro, a Emsurb programou a operação, porém, com as chuvas acumuladas na capital de 50 mm, a despescagem foi suspensa com a esperança de haver redução do teor de salinização e aumento do nível do lago.

O presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas, disse que a alternativa é promover a despesca devido à baixa frequência das chuvas e por não haver possibilidade de impedir a entrada da água do mar. “Existe a reprodução veloz de determinadas espécies, como a de tilápia, peixe de água doce que, por opção da gestão passada, foi colocada para se reproduzir no espaço, ao lado de robalos, camurupins e curimans, esses, espécies de água salgada e que têm se adequado, normalmente, às situações adversas do ambiente”, disse o órgão em nota.

O mesmo caso já havia sido registrado em janeiro de 2012, quando a suspeita era de que uma conexão com uma rede fluvial estaria causando a mortandade. Depois, em março de 2013, especialistas disseram que houve falta de oxigenação. Já em junho do ano passado, vários peixes também apareceram mortos com suspeita também de superpopulação, alta temperatura e baixo nível de água. A empresa municipal chegou a tomar medidas para o controle de salubridade da água e para o aumento do nível de oxigenação no lago.

Atualizado para correção de informações

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