Os radares instalados em Sergipe têm flagrado mais motoristas que costumam pisar com vontade no acelerador. Dados divulgados esta semana pela Polícia Rodoviária Federal mostram que, neste ano, os equipamentos eletrônicos registraram que 16,9 mil motoristas quebraram as normas superando os limites de velocidade permitidos.

De acordo com a PRF, alguns condutores chegaram a imprimir uma velocidade de 111, 134 e até 164 quilômetros por hora em um trecho onde o limite é de até 60km/h. Os motoristas são notificados e devem pagar multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41. E ainda terão de 4 a 21 pontos lançados na Carteira de Habilitação.

Com o aumento do fluxo de veículos por conta do feriadão, os agentes federais reforçam as ações de fiscalização e prevenção nas estradas do Estado. Segundo a PRF, os locais onde ocorrem as fiscalizações de velocidade são definidos de acordo com levantamento estatístico de acidentes.

Ao ignorar a sinalização, os motoristas ampliam as chances de acidentes, e as consequências vão além dos prejuízos financeiros. As perdas mais significativas não podem ser medidas por nenhuma moeda do mundo: as vidas.

A Organização Mundial da Saúde estima que um aumento de 5% na velocidade média amplia em cerca de 10% os acidentes envolvendo lesões e de 20% a 30% as colisões fatais. Segundo a organização, o risco de um pedestre adulto morrer se atingido por um carro a menos de 50 km/h é de 20%. Porém, a chance de letalidade sobe para 60% se a pessoa for atropelada a 80 Km/h.

O motorista que dirige em alta velocidade tem um tempo muito menor para reagir e parar o carro em caso de risco. Quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida pelo veículo até que o motorista tenha uma reação ao se deparar com um incidente na via, como a freada repentina de um veículo à frente, uma colisão entre outros carros, a passagem repentina de um pedestre ou mesmo a de um animal.