Sergipe adere ao Pacto Nacional para estimular a alimentação saudável
Acordo prevê conjunto de políticas públicas que deve ser cumprido em um ano Cotidiano | Por Fernanda Araujo 30/10/2018 13h06 - Atualizado em 31/10/2018 07h20Sergipe é o terceiro estado brasileiro a aderir ao Pacto Nacional de Alimentação Saudável, instituído em 2015, com o objetivo de estimular hábitos alimentares mais saudáveis entre a população. Após várias adequações, os estados começaram a aderir ao acordo este ano com o planejamento de ações voltadas para a qualidade alimentar, melhor distribuição de alimentos e para o combate ao excesso de peso e obesidade.
A medida prevê um conjunto de políticas públicas voltadas para a alimentação saudável, uma delas em Sergipe é o incentivo às feiras de agricultura familiar, com o total de 20 existentes em todo o estado. Além de aumentar a quantidade dessas feiras, estão previstos ainda capacitar agricultores, incentivar boa alimentação aos jovens de abrigos e estudantes, a redução do uso indiscriminado de agrotóxicos e o tratamento da água.“Sergipe foi o primeiro a vender produtos da agricultura familiar em 2009, uma das ações que já é desenvolvida é no Restaurante Popular Padre Pedro com esse tipo de alimentação. Várias secretarias do Estado que tratam da segurança alimentar estão envolvidas, como a Saúde, Educação, Agricultura, Semarh”, afirma Lucileide Rodrigues, diretora do Departamento da Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides).
Sem haver repasses de verbas, um ano é o prazo para que o Estado cumpra as ações assumidas na Cooperação Técnica. “O Dia Mundial da Alimentação traz a problemática da deficiência da oferta de alimento, mas também do excesso de peso e obesidade, que está ligada ao crescimento da mortalidade por doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, situações que afetam a saúde pública e é preciso dar uma resposta”, afirma Ronaldo Cruz, membro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.
Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) em 2017, 33,99% da população adulta sergipana encontrava-se com sobrepeso, 23,03% em algum grau de obesidade. Este ano, até o momento, são 35,03% sergipanos com sobrepeso, e 30,84% com obesidade. Apesar de o estado estar no mapa da obesidade, o sergipano de modo geral ainda se alimenta melhor que a média do país, segundo Lucileide Rodrigues. De acordo com o IBGE, entre homens e mulheres, quando se trata de alimento ultraprocessados, as sergipanas são as mais preocupadas com a saúde. Porém, ainda é preciso reduzir o índice da obesidade.
“Quando a gente fala em segurança alimentar, fala de qualidade alimentar. Não trata só de fome, mas sobre obesidade também. A obesidade pode ser por má alimentação, como também disfunção do organismo, mas é um assunto que devemos tratar dado o fato de termos obesos desnutridos. Pelo site da Abeso temos 52% dos sergipanos entre sobrepeso e obesidade”, pontua Rodrigues.
O Pacto é uma iniciativa da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), instalada na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).


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