Sergipe gasta R$936 ao ano com a saúde de cada habitante, aponta CFM
Estado tem o décimo menor investimento com o serviço público de saúde
Cotidiano | Por F5 News 13/11/2018 14h20 - Atualizado em 13/11/2018 14h35

R$ 936. Esse é valor destinado por ano para cobrir as despesas com saúde pública fe cada um dos mais de 2,2 milhões de sergipanos. Esse é o resultado de uma análise inédita do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada nesta terça-feira (13), relativas às contas públicas do segmento em 2017.

Segundo o cálculo feito pelo a partir de dados oficiais, naquele ano, o gasto das três esferas de gestão (federal, estadual e municipal) por habitante com saúde em todo o Estado foi o décimo menor do país.

A União cobre a maior parte dos investimentos, com um repasse anual de R$ 349,94 por pessoa, seguido pelo Estado, que gasta R$ 331,32 por ano com cada cidadão, e dos Executivos Municipais, que investem em média R$ 255,70 por ano com a saúde de cada usuário do Sistema Único.

“Enquanto os municípios brasileiros aumentaram gradativamente sua participação na composição das despesas públicas, os Estados, aos poucos, têm retraído sua presença proporcional nas contas da saúde”, aponta o conselheiro do CFM Hermann Tiesenhausen.

Já na capital sergipana, conforme levantamento do Conselho Federal, o gasto com a saúde de cada habitante totalizou R$ 347,44 em 2017, o valor é o 11º mais baixo entre as 26 capitais brasileiras. O montante aplicado pela Prefeitura de Aracaju em ações e serviços de saúde ficou abaixo da média nacional, que foi de R$ 398,38 per capita.

Na avaliação do economista Januário Montone, a União e os Estados tiveram maior capacidade de se ajustar com a queda de receitas, embora sejam os Municípios responsáveis pela entrega dos serviços do SUS na atenção primária, e na urgência e emergência.

 “Os que quebraram simplesmente deixaram de honrar seus compromissos e de atender a população, mas os municípios têm uma capacidade infinitamente menor de ajuste. A União não reajusta a Tabela SUS e faz uma economia enorme e o município, em especial os de maior porte, tem que administrar a redução dos serviços na ponta”, observou Montone.

Os governos federal, estadual e municipal não se manifestaram sobre o assunto até a publicação desta notícia.

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