O Plano de Retomada da Economia continua valendo nesta quarta-feira (8) em Sergipe. Para continuar com a fase laranja em vigor, o Governo afirma que ainda não recebeu notificação da Justiça Federal sobre a suspensão da portaria com protocolos para reabertura econômica, divulgada nesta terça-feira (7) pelo F5 News.

A medida da juíza atende ao pleito dos Ministérios Públicos do Estado, Federal e do Trabalho e, na prática, inviabiliza o funcionamento dos estabelecimentos considerados não essenciais liberados na fase atual do plano.

A decisão liminar da juíza Telma Maria Santos Machado, da 1ª Vara Federal de Sergipe, acatou o argumento de que a portaria contraria o Decreto Estadual  40.615, que estabeleceu a taxa de ocupação de leitos de UTI em 70% como um dos critérios para a flexibilização. No dia em que a fase laranja foi implantada, 29 de junho, mais de 80% das vagas já estavam ocupadas.

Por meio de nota, o Governo de Sergipe informou que ainda não foi notificado da decisão, mas antecipou que vai recorrer por entender que o Plano de Retomada da Economia, em sua primeira fase, foi iniciado obedecendo, rigorosamente, critérios técnicos e científicos previstos no conteúdo do próprio Plano.

Com base no boletim epidemiológico divulgado na noite de ontem (7), em Sergipe, 31.640 pessoas já testaram positivo para a Covid-19 e 851 morreram. Dos 25 óbitos de ontem, 21 estavam em investigação e foram confirmados. Ainda aguardam resultado 3.546 exames.

São 19.759 pessoas curadas até o momento. Foram realizados 59.015 exames e 27.375 foram negativados. Estão internados 678 pacientes, sendo 275 em leitos de UTI (152 na rede pública, sendo 149 adultas e 3 pediátricas; e 123 na rede privada, sendo 120 adultas e 3 pediátricas) e 403 em leitos clínicos (237 na rede pública e 166 na rede privada). São investigados mais 11 óbitos. Atualmente, a taxa de ocupação nas UTIs está acima de 95%.

O Governo também ressaltou que o Plano foi “construído de forma conjunta com a participação e avaliação de dois Comitês compostos por representantes de profissionais de saúde, infectologistas, representantes do setor produtivo e da classe trabalhadora, além de outros segmentos da sociedade”.