Sergipe não adota protocolo do Ministério da Saúde para cloroquina
Saúde afirma que não aderiu à recomendação “pelas frágeis evidências do seu efeito” Cotidiano | Por Will Rodriguez 26/05/2020 13h26A Secretaria de Estado da Saúde (SES) ainda não está seguindo o novo protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde para uso da cloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus. Em documento divulgado na semana passada, o governo federal propõe a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da doença, apesar da ausência de comprovação científica da eficácia da substância.
No começo desta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu "temporariamente" os ensaios clínicos com hidroxicloroquina em vários países, seguindo a publicação de um estudo na revista médica The Lancet que considerou ineficaz ou até prejudicial o uso de cloroquina e seus derivados, como a hidroxicloroquina, contra a Covid-19. Ainda assim, o Ministério da Saúde decidiu manter a recomendação.
A orientação do Ministério da Saúde brasileiro é pela prescrição de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina, ambas combinadas com azitromicina, mesmo para casos leves. Até então, a orientação era de uso apenas por pacientes graves e críticos e com monitoramento em hospitais. As doses dos medicamentos se alteram conforme o quadro de saúde.
Em Sergipe, a Secretaria estadual da Saúde disse que ainda não aderiu à indicação da cloroquina para os casos leves, segundo a pasta, “pelas frágeis evidências do seu efeito”. A SES informou ao F5 News que tem discutido a atualização do protocolo local.
“A prescrição do medicamento está sujeita à avaliação de indicação pelo médico e aceitação do paciente mediante assinatura do termo de consentimento”, afirmou a Secretaria, em referência ao protocolo estabelecido pelo Ministério que inclui declarar conhecer que o tratamento pode causar efeitos colaterais que podem levar à "disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito."





