Saúde
Sergipe não possui dados sobre a incidência da LER e de Dort
O dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial de Combate à lesões por esforços
Cotidiano | Por Agência Sergipe de Notícia 27/02/2021 14h00

Neste 28 de fevereiro, Dia Mundial de Combate à LER/Dort, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, reforça junto aos gestores municipais a importância da notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) dos casos que afetam os trabalhadores, sejam públicos, da iniciativa privada ou autônomos. A orientação decorre da inexistência em Sergipe de dados precisos sobre a incidência da Lesão por Esforço Repetitivo e de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort).

Notificar no Sinan é responsabilidade dos municípios através dos profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária e, de acordo com a fisioterapeuta da Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, Soraya Luíza Góis Souza Melo, além de médicos e enfermeiros, qualquer outro profissional de saúde que consiga relacionar a doença ao trabalho pode fazer a notificação. “Acredito que a causa da subnotificação está no desconhecimento do assunto e no fato de gestores e profissionais não visualizarem a importância da informação”, ponderou a fisioterapeuta.

Trabalhar a notificação da LER/Dort com os municípios é o grande desafio da gerência. “Se não temos o registro formal dos casos, não sabemos se ocorrem, onde ocorrem e com qual frequência acontecem. Sem esse conhecimento não podemos desenvolver qualquer ação preventiva”, explicou Soraya Melo, salientando que as categorias mais afetadas são bancário, trabalhadores dos correios e de indústrias, bem como dentistas, pelas posturas de trabalho e movimento repetitivo.

As lesões de maior incidência nos trabalhadores são tendinites, sinovites, bursites, que acometem, principalmente, os membros superiores e são causados por esforços repetitivos, excesso de peso e má postura no trabalho. “Muitas vezes o trabalhador sofre calado com aquela dor porque quando ele fala, às vezes, é mal interpretado. Se o empregador ou chefe melhora as condições do trabalho ele terá um profissional mais ativo, sem dor, feliz e mais produtivo”, considerou a fisioterapeuta.

Silenciar por medo de perder o emprego, por receio de ser mal visto pelo empregador ou colegas de trabalho pode acarretar em consequências mais sérias como adquirir transtornos mentais, segundo alerta Soraya Melo. Por isso ela aconselha o trabalhador a não se calar e procurar ajuda médica. Ela salienta que as empresas devem conhecer os riscos que impõem aos trabalhadores como também os meios adequados de preveni-los.

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