Sergipe não registra casos de importunação sexual durante o Carnaval
Violência doméstica e lesões corporais tiveram destaque, 23 medidas protetivas foram expedidas
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 07/03/2019 18h26 - Atualizado em 08/03/2019 09h43

Durante os seis dias de Carnaval, Sergipe não registrou casos de importunação sexual, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Esse foi o primeiro ano em que a lei entrou em vigor e, aparentemente, as campanhas de conscientização já surtem efeitos positivos, no momento em que festas como essa deixam pessoas vulneráveis.

As delegacias plantonistas da capital, interior, e o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) estiveram abertos durante todo o período carnavalesco para atender às ocorrências.

As ações das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros foram consideradas positivas, resultando na condução de 174 pessoas às delegacias em todo o estado e um saldo de dez armas apreendidas.

Segundo o major Gilberto Melo, chefe do Estado Maior do Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI), a maioria das prisões foi feita por casos de lesões corporais, embriaguez ao volante, desacato e porte ilegal de arma de fogo.

“São casos que ocorrem muito neste período. Inclusive, outra ocorrência que deu trabalho à PM foi a perturbação de sossego com o uso de paredões, com a concentração de público. Foram mais de três mil PMs empregados, em 189 eventos e mais de 11 mil abordagens”, relata.

A violência doméstica e lesões corporais obtiveram destaque durante o Carnaval; ao todo, 23 medidas protetivas foram expedidas pela Justiça. Só em Aracaju, segundo a coordenadora das delegacias da Capital, delegada Viviane Pessoa, nas duas plantonistas e no DAGV foram registrados 40 flagrantes, também com maior índice de casos de tráfico, violência doméstica, embriaguez, e posse de arma; no interior houve 27 prisões e apreensões de adolescentes, além de situações em que as conduções resultaram em Termos Circunstanciados, em casos de desacato, uso de drogas, lesões corporais, entre outros. 

“Isso foi o resultado do esforço conjunto das forças policiais, trocando informações, equipes integradas na capital e interior. Em Itabaiana houve 12 prisões, em Pirambu e Lagarto duas prisões cada; em Neópolis cinco prisões; Estância quatro prisões, e duas em Canindé.”, informa a delegada. Três homens foram presos por furto, identificados através do drone da Polícia Militar, que flagrou o delito.

Homicídios e acidentes

A SSP também apresentou o resultado das estatísticas de acidentes de trânsito e das mortes violentas no Carnaval. Este ano, 16 homicídios foram registrados, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo período do ano passado (21 casos); em comparação a 2017 a redução foi de 11,1% (18 casos). Não houve registro de latrocínio (oubo com morte).

Dos acidentes, houve 14 nas vias de Aracaju, sem vítima fatal, contra o registro de 21 casos no ano passado e duas mortes.

Nas rodovias estaduais, foram sete acidentes e duas mortes, contra nove acidentes em 2018 e uma vítima fatal.

Afogamentos e Incêndios

A prevenção contra afogamentos foi uma das medidas aplicadas no planejamento do Corpo de Bombeiros, o que também foi considerado positivo em relação ao período anterior, no entanto, ainda 15 pessoas foram vítimas, duas delas não resistiram. Um pescador morreu afogado num povoado do município de Pirambu e a segunda vítima foi um jovem que participava da festa de Carnaval do município de Amparo de São Francisco.

“Nesses dois casos as vítimas não tinham índice de embriaguez e estavam em área em que os guardas-vidas não estavam atuando. Foi dado o auxílio, mas o resgate foi feito pelos próprios banhistas”, informou a major Carla Cristina, responsável pelo planejamento do Corpo de Bombeiros.

Ainda 25 incêndios, 14 em vegetação e 11 urbanos, foram contidos pelos bombeiros entre os dias 2 e 5 do Carnaval, entre eles o registrado no Parque dos Cajueiros, em Aracaju, sobre o qual a corporação ainda aguarda o resultado da perícia.

Crianças perdidas

Os bombeiros também deram destaque ao número de crianças perdidas em locais de praia durante os festejos carnavalescos. Ao todo, sete foram levadas por desconhecidos aos guarda-vidas e estavam sem qualquer tipo de identificação; número que, se somado aos não registrados, deve ser maior.

“Os bombeiros acabaram não contabilizando por estarem empenhados em encontrar os pais. A gente orienta que os pais ou responsáveis  coloquem pulseira de identificação nas crianças, com número de telefone, se estiver em local de água, plastifiquem. Algumas ainda conseguem passar contato, o nome dos pais, explicar onde estavam, mas outras não. Diante desses casos, devemos realizar uma intensa campanha no próximo carnaval”, completa a major.

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