O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, disse durante entrevista à imprensa hoje que pode decretar toque de recolher, caso os números de internamentos em UTIs e enfermarias por covid-19 continuem subindo. A informação foi anunciada durante a reunião com o Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (Ctcae), realizada nesta quinta-feira (25), para avaliar o cenário epidemiológico dos últimos 14 dias no estado.

Foto: ASN/Reprodução

"Tivemos uma diminuição de casos e de óbitos no início do ano, mas voltou a crescer nos últimos 20 dias, por isso, a gente achou conveniente somar os últimos oito dias, com os próximos oito dias, e aí sim, a gente vai dizer se haverá necessidade do toque de recolher ou não, não está descartado. Ainda estamos num percentual de segurança em relação à ocupação dos nossos leitos, mas, se daqui a oito dias, a gente vê o crescimento desse número, indiscutivelmente poderemos estar decretando o toque de recolher, mas essa decisão não será hoje, poderá ser tomada daqui a oito dias", disse Belivaldo.

Durante a reunião foi decidido que, devido ao crescimento no número de casos e de internamentos, as reuniões do comitê passam a ocorrer a cada oito dias. 

Sobre a instalação de barreiras nas fronteiras com o estado da Bahia, o governador disse que não irá impedir o direito de ir e vir das pessoas, mas recomenda que os municípios que fazem fronteiras realizem barreiras sanitárias.

"Haverá também uma recomendação no sentido de que os prefeitos cujos municípios fazem divisa com a Bahia estabeleçam suas barreiras sanitárias, nós não vamos fechar barreiras e impedir o direito de ir e vir, mas é prudente que os municípios coloquem barreiras sanitárias para abordar as pessoas que estão transitando da Bahia para cá. A cepa que apareceu na Bahia, que é complicada, também já apareceu aqui e a gente tem que ter essa preocupação", disse.

Belivaldo determinou ainda que a Polícia Militar atue nos próximos oito dias da mesma forma como atuou no período de carnaval, a fim de evitar aglomerações. 

"Tudo vai depender, como sempre, do apoio da população. Se a população colaborar e a gente não tiver crescimento desses números, a gente pode muito bem evitar essa possibilidade, mas se a gente avançar nos números de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria, vamos sim, decretar toque de recolher", advertiu o governador.