Dia da Visibilidade Trans
Sergipe segue em 23º entre os estados que mais matam pessoas trans
Estado registrou dois assassinatos em 2020, e um no ano de 2019
Cotidiano | Por F5 News 29/01/2021 19h36 - Atualizado em 30/01/2021 07h39

Nesta sexta-feira (29) marca o Dia da Visibilidade Trans, data criada com o objetivo de conscientizar sobre a letra T da sigla LGBTQIA+, que representa as pessoas travestis, transexuais e transgêneras. Em 2020, o Brasil permaneceu na posição de país que mais mata esses cidadãos, e esse se torna um dos principais motivos que marcam a data como um dia de resistência.

Sergipe registrou dois assassinatos de pessoas trans no último ano, segundo aponta o relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), um a mais do que o registrado em 2019. Com isso, Sergipe segue na 23º posição no ranking dos estados onde se registrou homicídio na população transgênera, a mesma alcançada em 2019. Em 2018, Sergipe estava na 16º posição do ranking, com cinco notificações de assassinatos. Já em 2017, o estado estava em 21º, com dois casos.

Conforme análise da Antra, foram 175 assassinatos de pessoas trans registrados no Brasil em 2020, número que está acima da média anual de casos desde 2008 no país, que é de 122,5 assassinatos/ano. Todas as vítimas eram travestis e mulheres transexuais. 

“Observando o ano de 2020, vemos que ele está 43,5% acima da média de assassinatos em números absolutos. O ano de 2020 revelou aumento de 201% em relação a 2008, o ano que apresentou o número mais baixo de casos relatados, saindo de 58 assassinatos em 2008 para 175 em 2020. Mesmo durante a pandemia, os casos tiveram aumento significativo de acordo com o publicado nos boletins bimestrais ao longo de 2020”, diz a pesquisa da Antra.

No ranking entre os estados com maior número de assassinatos, São Paulo aparece em primeiro lugar, com 29 casos em 2020, o que representa um aumento de 38% com relação a 2019. Apesar disto, a maior concentração de crimes contra essa população foi vista na região Nordeste, que ainda apresentou aumento de 6% em relação a 2019, com 75 casos ao todo. A região Sudeste aparece em segundo lugar neste ranking, com aumento de 4% dos casos (59%).

Além disso, o Mapa dos Assassinatos 2020 levantado pela Antra, consegue identificar a faixa etária em que as pessoas trans foram mais vitimadas, sendo entre 15 e 29 anos de idade o maior número de casos, com 61 ao total.

Edição de texto: Monica Pintosh
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