Sergipe tem 25 mil jovens fora da escola, aponta IBGE
Campanha pretende estimular matrícula de alunos na rede estadual Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 07/05/2018 17h50A importância da educação é pauta cada vez mais frequente nos cenários de debate em todo o Brasil. Especialistas creditam o ato de educar como principal componente para uma mudança, em todos os aspectos, da sociedade. A Secretaria de Educação de Sergipe (Seed) começou hoje (7) uma campanha para tentar reduzir a evasão escolar.
Em Sergipe, conforme o IBGE, 19,3% de jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola, o que corresponde a 25 mil sergipanos pelos cálculos da Seed, que passa a promover a campanha ‘Lugar de Criança e Adolescente é na Escola!’.
O objetivo é fazer com que até o dia 11 de maio todas as 355 escolas estaduais, nos 75 municípios sergipanos, estejam com os trabalhos de mobilização intensificados, disponibilizando servidores e a estrutura das unidades escolares para auxiliar os pais e responsáveis legais de alunos entre seis e 17 anos, na efetivação do processo de matrícula.
A campanha foi estruturada a partir de um plano de mobilização elaborado pela Secretaria para empreender uma postura ativa de busca de alunos, no âmbito das escolas da rede pública estadual e, assim, cumprir prazos e metas para universalização do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da população com idade entre seis e 17 anos, e de elevação da taxa líquida de matrícula, medidas estabelecidas na Lei nº 8.025/2015, que dispõe sobre o Plano Estadual de Educação (PEE).
O cenário é preocupante. O Plano Nacional de Educação (PNE) já ultrapassou um terço de sua duração, sem o desenvolvimento de mecanismos concretos, por parte dos sistemas de ensino nacional, para cumprir as 20 metas e mais de 250 estratégias para melhorar a educação no país.
Segundo o movimento Todos Pela Educação (TPE), 55% das crianças do 3° ano do ensino fundamental não estão alfabetizadas; apenas 7% dos alunos que chegam ao final do Ensino Médio sabem o mínimo adequado em matemática, e os 10% melhores alunos no Brasil têm o mesmo desempenho dos 10% piores alunos no Vietnã.
Colocar as crianças de quatro e cinco anos na escola é obrigatório desde o ano passado, segundo a meta do PNE, também já havia virado regra com uma Emenda constitucional em 2009, mas um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com mais de 800 municípios, e divulgado no final de 2017, mostra que é grande o número de prefeituras que sequer sabem quantas crianças com essa idade estão fora da escola.
“Só alcançaremos um patamar de sociedade mais justa, mais segura e mais desenvolvida com Educação de qualidade para todos. Cabe a nossa geração encerrar o descaso histórico com a Educação e colocá-la de uma vez por todas como pilar central do desenvolvimento do País”, afirma a presidente executiva do TPE, Priscila Cruz.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.


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