Sergipe tem três hospitais referência contra o coronavírus
“Vai demorar, mas vai chegar", diz secretário da SES, Valberto Oliveira Cotidiano | Por Saullo Hipolito 10/02/2020 11h21 - Atualizado em 11/02/2020 09h18A Secretaria de Estado da Saúde (SES) convocou a imprensa na manhã desta segunda-feira (10), para apaziguar os ânimos da população sergipana quanto à propagação do coronavírus. Segundo a pasta, não há motivo para pânico, apesar de atualmente no Brasil existirem onze casos suspeitos, nenhuma confirmação foi registrada.
Com ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus sendo trabalhadas por técnicos da rede privada e pública da área da saúde, Sergipe já garantiu três hospitais como referência em casos suspeitos futuros: o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e os regionais de Itabaiana e de Lagarto.
“A conduta caso haja a definição de caso suspeito - que será passado ainda nesta manhã aos técnicos de saúde -, o paciente recebe uma máscara, o órgão responsável pelo vírus no Brasil é comunicado e em caso de confirmação, esse paciente é levado para isolamento. Não são necessárias grandes tecnologias [para o isolamento] porque a transmissão é feita por gotículas, então ele pode ficar num consultório de atenção básica, por exemplo”, afirmou a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Mércia Feitosa.
Conforme informações divulgadas na coletiva, o diagnóstico é realizado no estado sergipano em três dias. Caso haja a suspeita, exames mais aprofundados são feitos por unidades de saúde no sudeste do país e dentro de dez dias há a confirmação ou não do vírus no corpo.
Sem pânico
O que se sabe até o momento é que não há necessidade de preocupação entre os brasileiros, pois não há nenhuma confirmação do vírus, apesar do significativo número de mortes observado no país de origem, a China. Desde o início do surto, em janeiro o país asiático registrou 908 mortes por coronavírus e tem 40.171 casos confirmados.
“Esses números assustam, mas é necessário saber todos os processos. O caso suspeito é aquele que apresenta febre e outros sintomas respiratórios, mas tem que ter um vínculo epidemiológico, ou seja, um local de transmissão que pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é a China, apesar de existirem casos espalhados por outros países”, destacou Mércia Feitosa.
Repatriados
Em boletim divulgado na noite deste domingo (9), o Ministério da Defesa informou que os brasileiros repatriados da China, devido ao surto do coronavírus, continuam sem qualquer sintoma da doença. As avaliações foram feitas pelo Ministério da Saúde. Esse foi o primeiro boletim divulgado desde que o grupo chegou à Base Aérea de Anápolis na manhã do domingo.
Ainda segundo o boletim, todos os 58 hóspedes - 34 repatriados e os 24 membros da tripulação que realizou o resgate - estão no Hotel de Trânsito, passaram por todas as avaliações clínicas protocolares e mantiveram o quadro assintomático.
Mesmo sem casos confirmados, o secretário da SES, Valberto Oliveira, destacou que o vírus pode demorar, mas vai chegar. “No momento, este padrão de controle e isolamento é suficiente e não é fácil fazer esse controle, como vemos na China”, disse.
O Estado garante ainda que, em casos extremos, há a possibilidade de compra emergencial de insumos como máscaras, tudo isso para manter o controle. É uma reserva acumulada para tal, que vale também para a rede privada de saúde, segundo a Diretoria de Vigilância da Saúde da SES.
Tratamento
Ainda não há consenso a respeito do tratamento. A partir de um protocolo preliminar repassado pelo Ministério da Saúde, os técnicos estarão aptos a conduzir o paciente. A conduta médica será um elo bastante importante, observada a evolução de cada paciente.
Vacinação
Durante a coletiva, o diretor de Atenção Integral à Saúde, João Lima, destacou a importância do combate a outras arboviroses. “É importante que a gente esteja de olho nas prevenções de forma internacional. Porque temos outros vírus e se ajudamos a controlar essa circulação, com certeza ajudaremos a população no enfrentamento delas”, afirmou.





