Servidores do Sergipe Previdência exigem gratificação
Cotidiano 10/11/2011 14h20Por Fernanda Araujo
Os servidores do Sergipe Previdência, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), decidiram paralisar suas atividades na manhã desta quinta-feira (10). A manifestação, que ocorreu em frente ao órgão nas proximidades da Praça da Bandeira, foi realizada em função das reclamações dos trabalhadores por não receberem gratificações.
A diretora de administração e finanças do Sintrase, Elma Andrade dos Santos, disse que em torno de 50 servidores foram prejudicados financeiramente e que a negociação com o governo permanece desde 2008 sem resultados.
“Quando era o Ipes Saúde, foi criado o Sergipe Previdência. No desmembramento, o governo prometeu aos servidores do Ipes saúde que quem viesse trabalhar aqui não ia ter prejuízo financeiro. Após um ano, criaram uma gratificação aos servidores do Ipes Saúde e aqui não criaram, então os que foram para o Sergipe Previdência ficaram no prejuízo. Desde 2008, que eles vêm negociando com o governo. O governo vem prometendo e até hoje ainda não cumpriu. No ano passado eles fizeram uma greve, disseram que estava negociando e até hoje não aconteceu nada”, esclareceu.
Procurado pelo F5 News, o diretor presidente do Sergipe Previdência, Amito Brito Filho, afirmou que a paralisação é injusta. “Todos nós entendemos que o que eles pedem é justo, mas a paralisação é injusta. Porque quando o sindicato nos comunicou que iria paralisar, colocou-se que se fosse estabelecido o diálogo não teria greve. Eu disse ao sindicato que aqui nunca foi inibido o diálogo. O sindicato é recebido no dia e hora que eles querem. E nós fizemos uma reunião e mostramos para eles que a gratificação e a reestruturação do Sergipe Previdência está em análise do governo”, explicou.
O presidente declarou ainda que, após audiência com a Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) e os sindicalistas, as reivindicações não foram atendidas porque a gratificação está sendo avaliada para ser implementada diante da lei de responsabilidade fiscal. “O Estado não pode de forma irresponsável aumentar a despesa. Eu estou aguardando a análise dos técnicos sobre qual o impacto que isso irá ter", afirma.
Para Elma Andrade, o Estado tem condições financeiras para gratificar os trabalhadores. “Financeiramente é quase nada. É um desgaste do governo desnecessário. O secretário Oliveira Júnior coloca a lei de responsabilidade fiscal. Mas, esse movimento vai dar em torno de R$ 37 mil, na folha não vai dar absolutamente nada. Então tem condições de resolver e cumprir com a promessa que foi feita aos servidores", diz ela.
Segundo a sindicalista, pela falta de comprometimento do governo, a perspectiva é de fazer mais uma greve por tempo indeterminado. “Os servidores querem que a gratificação criada no Ipes Saúde seja criada no Sergipe Previdência também. Queremos tratamento igual”.
Amito Brito afirmou que a reestruturação do Sergipe Previdência pretende contemplar a gratificação, o plano de cargos e comissão. “Queremos reestruturar a carreira do servidor, inclusive podendo fazer concurso público, então isso está em análise para que a gente possa implementar esses fatores”.
De acordo com Amito Brito, uma audiência sobre o assunto com o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) está marcada para a próxima segunda-feira, 14.


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