Servidores municipais de Aracaju cobram reajuste salarial
Profissionais de educação e saúde paralisam suas atividades por 24h
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 26/06/2018 10h15 - Atualizado em 26/06/2018 10h17

Servidores municipais de Aracaju realizam ato unificado em frente ao Centro Administrativo, desde o início da manhã desta terça-feira (26). Eles cobram reajuste salarial, que há tempos não é realizado. Segundo eles, não há negociação até o momento com a prefeitura, que afirma ter criado uma comissão de secretários municipais com o objetivo de apresentar os dados e estudar as demandas apresentadas.

O ato foi iniciado pelos servidores da educação no início da manhã, que paralisaram suas atividades por 24 horas.

O movimento ganhou força após o secretário da Fazenda, em conjunto com a Câmara Municipal, afirmar que não havia possibilidade de reajustes salariais para outras categorias. Segundo eles, a informação foi preponderante para que outras categorias, principalmente a dos enfermeiros e dos guardas municipais, decidissem realizar a unificação.

“Estamos aqui para dizer 'não' ao prefeito Edvaldo Nogueira, mostrando indignação pela forma que somos tratados e para afirmar que continuaremos na luta pelo reajuste salarial e melhores condições de trabalho”, disse o representante do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Adelmo Menezes, em entrevista ao programa Balanço Geral.

De acordo com a representante do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Moraes, os trabalhadores, assim como os servidores da educação, estão paralisados por 24 horas. “A luta é unificada, o entendimento que temos é de que não há condições de trabalho na saúde, na educação e na segurança”, afirma.

Além das categorias de educação, enfermagem e guardas municipais, outras categorias apoiam o ato, como é o caso dos farmacêuticos, fisioterapeutas, educadores sociais e agentes de trânsito.

“É uníssona a voz dos trabalhadores ao dizer que não há negociações por parte da prefeitura e não aceitamos que essas condições continuem sendo imputadas aos profissionais. Na saúde não é diferente, o caos é muito grave, pessoas estão morrendo sem a assistência devida porque não existem condições para a atuação dos trabalhadores”, afirma Shirley Moraes.

A Prefeitura Municipal de Aracaju disse, por meio de nota, que analisa com respeito e dentro de suas possibilidades todas as demandas encaminhadas. Diferentemente dos servidores da educação e dos enfermeiros, agentes municipais não farão paralisação nessas primeiras 24 horas, disse o representante dos guardas municipais, Éder Rodrigues ao Balanço Geral.

“As atividades permanecem por enquanto, mas permanecemos mobilizados, apoiando esse ato de hoje, para que o prefeito receba os sindicatos, porque não conseguimos entender como ele quer administrar a cidade sem negociar com os servidores, além de não conceder reajustes. Isso é o que achamos inadmissível”, conclui Éder.

Para a Prefeitura, as negociações com os grupos que representam os trabalhadores são vistas como imprescindíveis para esclarecer a situação financeira do município, por isso uma comissão de secretários municipais foi criada com o objetivo de apresentar os dados e estudar as demandas apresentadas.

Confira a nota na íntegra:

Nos primeiros 18 meses de gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, o diálogo, sempre transparente, com todas as categorias de servidores municipais é uma constante. A administração municipal recebeu diversos sindicatos, inclusive alguns que fizeram parte da manifestação dos trabalhadores que paralisaram suas atividades nesta terça-feira, 26, e analisa com respeito e dentro de suas possibilidades todas as demandas encaminhadas.

As negociações com os grupos que representam os trabalhadores são vistas como imprescindíveis para esclarecer a situação financeira do município, por isso uma comissão de secretários municipais foi criada com o objetivo de apresentar os dados e estudar as demandas apresentadas.

Vale ressaltar que a atual gestão encontrou uma situação financeira com grande necessidade de saneamento, herdando uma dívida em curto prazo de aproximadamente 540 milhões de reais. Quase 300 milhões já foram quitados nesses primeiros meses de trabalho, incluídas duas folhas de pagamento atrasadas. Desta maneira, em 2017, a Prefeitura de Aracaju quitou 15 folhas, num investimento de 1,1 bilhões de reais.

A gestão continua aberta ao diálogo com todas as categorias e se compromete a continuar recebendo os sindicatos e realizar os diagnósticos sobre os temas pleiteados.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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