SES nega que bebê tenha morrido por falta de assistência médica em Propriá
Secretaria da Saúde reconhece problemas na escala de obstetras do hospital regional Cotidiano | Por Will Rodriguez 28/12/2019 11h06 - Atualizado em 28/12/2019 12h56Um bebê faleceu, nesta sexta-feira (27), no Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, no município de Propriá (SE), e a suspeita, segundo um servidor da unidade, é de que a morte tenha sido provocada pela falta de assistência médica por conta da ausência de obstetra.
A denúncia partiu do funcionário Thiago Reis, que confirmou as informações ao F5 News. Segundo ele, a gestante chegou à unidade no período da manhã em trabalho de parto, já com 10 centímetros de dilatação.
“Ela estava com sinais de deslocamento da placenta. O bebê chegou com batimentos abaixo de 70, que é um indicativo de cesariana imediata e como era pélvico, não poderia fazer o parto normal, mas não tinha obstetra e tiveram que esperar um cirurgião geral que estava atendendo em outra unidade aqui na região do baixo São Francisco, mas quando ele chegou, a criança estava morta”, afirma Thiago Reis, acrescentando que a falta de profissionais de obstetrícia é recorrente.
Em nota, a Secretaria da Saúde informou que o bebê já chegou sem vida na maternidade. Segundo a pasta, a gestante veio de Japoatã, chegou no hospital com deslocamento prévio de placenta, o bebê perdeu a respiração e faleceu. “A equipe médica de plantão, composta por médicos e enfermeiros, fez tudo que foi possível. Através do sonar foi detectado que o bebê já estava sem vida”, disse a SES
A Secretaria reconheceu que a escala médica do Hospital Regional de Propriá não está completa, mas declarou que “existia uma equipe de plantão, com cirurgião e pediatra, mas o bebê já chegou sem os batimentos cardíacos”. A pasta afirmou ainda que aguarda decisão do TCE sobre o Processo Seletivo Simplificado, para que a situação do quadro médico seja resolvida.
Questionada pelo F5 News, a SES confirmou a abertura de um procedimento administrativo para apurar o fato.





