Setransp critica decisão de Edvaldo Nogueira sobre reajuste tarifário
Sistema corre risco de sofrer impactos pelo desequilíbrio financeiro, alega Cotidiano | Por Saullo Hipolito 03/03/2020 11h45 - Atualizado em 03/03/2020 12h22Após a decisão da Prefeitura Municipal de Aracaju, na noite desta segunda-feira (2), de que a tarifa do transporte público não sofrerá reajuste neste ano, ao contrário do solicitado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) no final do ano passado, o órgão emitiu nota lamentando o posicionamento do prefeito Edvaldo Nogueira.
Mesmo com um aumento promovido em 2018, quando o valor da tarifa subiu para R$ 4, o Sindicato buscava novo reajuste dentro de uma planilha tarifária de cálculo, onde são considerados todos os itens que incidem sobre o custo da passagem - como combustível, mão-de-obra, peças, impostos, etc – e seus respectivos reajustes anuais. Mas, após estudos técnicos desenvolvidos pela Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju, a decisão pelo lado da Gestão Municipal foi tomada: negou o aumento.
Outro fator que o Setransp utilizou para a solicitação do reajuste foi a queda de 31% do número de passageiros pagantes nos últimos cinco anos, e o acréscimo em 80% do número de gratuidades no mesmo período. “Para que haja sustentação do sistema de transporte é necessário o equilíbrio entre o número de passageiros pagantes e o custo para prestação do serviço, isso equiparado com uma tarifa que seja acessível à população, mas também garanta a sustentabilidade do setor do transporte”, destacou o sindicato por meio de nota.
A decisão da Prefeitura - pelo que alega o setor - contraria outras medidas já tomadas pela administração municipal em favor do transporte público, como o recapeamento dos corredores de tráfego, os semáforos inteligentes, a reforma do terminal da Atalaia e a renovação da frota. Além disso, o projeto de mobilidade urbana inclui ainda a instalação de 150 novos abrigos de ônibus, a reforma do terminal DIA e a construção de um novo terminal na região dos mercados centrais.
O Setransp conclui a nota reforçando que, com todos os custos sofrendo aumentos anuais e a tarifa congelada, o sistema de transporte público coletivo corre o risco de sofrer as consequências de um desequilíbrio financeiro, impossibilitando investimentos necessários no serviço.





