Sífilis congênita pode ser assintomática nos primeiros meses de vida
Em 2018, maternidade em Aracaju registrou 140 casos em gestantes Cotidiano | Por Agência Sergipe 26/01/2019 16h37Causada pela bactéria Treponema Pallidum, a sífilis é uma doença transmitida através de relações sexuais. Quando a mãe infectada não trata a doença no pré-natal e a transmite para o bebê durante a gestação, ocorre a sífilis congênita. Em 2018, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (MNSL), registrou 140 casos de sífilis em gestantes sendo que 97 apresentaram sífilis congênita. As estatísticas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) observou que, em 2017, esse número era menor, em 116 gestantes com sífilis e 87 com sífilis congênita.
A médica neonatologista da MNSL, Roseane Lima Santos Porto, explica que muitas crianças só desenvolvem sintomas até os primeiros três meses de vida. "Quando o bebê é atingido, pode provocar lesões na pele, aumento do fígado e baço, entre outros sintomas, podendo inclusive levar perda feta, mas a grande maioria, em mais de 50%, nasce assintomática, surgindo os primeiros sintomas somente nos três primeiros meses de vida. Eles são abrangentes e incluem alterações oftalmológicas, lesões cutâneas, alterações ósseas, entre outros. O tratamento é baseado em protocolos definidos pelo Ministério da Saúde e tem como droga principal a penicilina cristalina”, orienta a especialista.
De acordo com Roseane, o país vive um período de aumento dos casos de sífilis. Segundo ela, em 2016, os dados do Ministério da Saúde apontaram que foram notificados no Brasil 20.474 casos de sífilis congênitas e entre eles, 185 óbitos. "A elevação da taxa de incidências e da taxa de detecção da doença em gestante por mil nascidos vivos aumentou cerca de três vezes no período de 2010 a 2016, passando de 2,4 para 6,8 e de 3,5 para 12,4 casos", complementou.
A médica atentou que, além de Sergipe, outros estados apresentaram taxa de incidência de sífilis congênita superior à taxa nacional, com 8,8 casos por 1.000 nascidos vivos.
Acompanhamento na MNSL
A especialista explica que os bebês nascidos na MNSL com riscos para a sífilis congênita são posteriormente acompanhados no Ambulatório do Follow Up, onde são monitorados em relação às possíveis complicações da sífilis.
A gerente do Banco de Leite Marly Sarney, Magda Dória, informou que a doença não se transmite pelo leite materno, só se houver lesões nas mamas. “Caso a parturiente possua lesões de sífilis primária ou secundária nas aréolas, não se deve amamentar”. Ela orientou que 24h após a administração do medicamento, penicilina, a mãe não oferece mais risco para o seu filho, porém ela não deve ser uma doadora.
Segundo o Ministério da Saúde, o uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e suas parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.


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