Saúde
Sífilis é a IST que mais atinge sergipanos, diz especialista
Em 2018, quase 1000 adultos foram diagnosticados com a infecção no Estado
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 25/10/2018 12h30 - Atualizado em 25/10/2018 14h28

Considerada uma epidemia mundial, a sífilis é uma infecção assintomática que, se não tratada, pode prejudicar muito a pessoa infectada. Quase sempre ela só pode ser diagnosticada após a realização da testagem. A expectativa dos profissionais é de que o número de adultos infectados até o final de 2018 seja maior do que em 2017.

Para a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a sensibilização do movimento nesse mês é para detectar, perceber, investigar as pessoas e tratar a infecção, que pode ser curada com penicilina e bezetacil.

Em números fechados, o registro de casos no ano de 2017 foi de 320 de sífilis congênita, 479 detecções em grávidas e 1.211 ocorrências de sífilis adquirida, ou seja, infecção presente em adultos. No ano de 2018, até o momento, foram detectados no ano 238 casos de sífilis congênita, o número de detecções em grávidas já é maior, 496, e a sífilis adquirida atinge 998 pessoas.

“Como estamos no ano de 2018 e isso vai flutuar, percebemos que a tendência é de redução na sífilis congênita. Em gestantes o objetivo é que cresça e nós queremos isso, porque quanto mais percepções, mais tratamentos. A congênita esperamos que também aumente, muitas vezes o adulto não sabe que tem, então temos que encontrar e tratar”, disse a profissional.

O mês de outubro é nacionalmente definido, por Lei, como época para mobilização contra a sífilis e, por isso, palestras de alertas aos profissionais são direcionadas. “O que nos preocupa é a detecção não favorável, com descobertas tardias e que, no caso de gestantes, não haja a transmissão vertical para a criança”, conclui Mércia Feitosa.

Em comparação às outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), a sífilis é atualmente a que mais atinge as pessoas mundialmente e tem uma grande incidência em adolescentes. “Esse grupo se acha saudável, para eles não existe uma imunidade em relação aos problemas de saúde e apenas não se testam”, disse o médico infectologista Marco Aurélio.

O profissional, que é apoiador do programa de resposta rápida à infecção "Sífilis Não", do Ministério da Saúde, ressalta a importância da testagem. “É importante que todos façam o exame, mas não só da sífilis, do HIV também. São as duas infecções que mais têm aumentado o número de infectados no Estado”, alertou o infectologista.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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