Sindimed constata "situação de guerra" no Nestor Piva
Sindicato vai a órgãos competentes para cobrar providências na unidade de saúde Cotidiano | Por F5 News 02/06/2018 09h55 - Atualizado em 02/06/2018 14h40"Situação de guerra" foi o que o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) constatou no hospital Nestor Piva, na zona norte de Aracaju, durante uma visita à unidade nesta sexta-feira (1).
Superlotação em setores, plantão fechado, falta de leitos e de equipamentos foram alguns dos problemas enumerados pelos médicos.
Segundo informações passadas pela assessoria de comunicação do Sindimed, após a visita, havia na unidade seis pacientes na estabilização, onde se tem apenas dois leitos. Além disso, de acordo com o sindicato, médicos e enfermeiros se desdobravam para ventilar com Ambu dois dos quatros pacientes que necessitavam de ventilação mecânica.
"Um destes, inclusive, já se encontrava há mais de 12 horas sendo Ambuzado. Durante a visita, fomos informados que um dos pacientes evoluiu para óbito", afirma a assessoria.
A superlotação do setor era tamanha que, de acordo com o sindicato, os funcionários não conseguiam sequer se locomover pela estabilização. A enfermaria também estava lotada, com doze pacientes, e mais dezessete internados no setor de observação, aguardando vaga para a enfermaria. Durante a visita, duas vagas de estabilização foram conseguidas e estavam no aguardo do Samu para poder realizar as transferências.
Ainda segundo o Sindimed, também foi registrado falta de equipamentos como Monitor Cardíaco, Oxímetro e Respirador.
"Nessas condições precárias de trabalho e de assistência ao paciente, médicos adoecem e pacientes não têm um tratamento adequado. Uma demanda antiga dos médicos, ainda não atendida pela coordenação da rede de Urgência, era colocar um médico diarista para dar assistência a esses pacientes 'internados' no setor de observação, dando uma assistência mais humana e digna aos mesmos", ressaltou a direção.
Diante dos problemas relatados, o Sindimed afirma que vai solicitar providências urgentes ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e fará as denúncias junto aos órgãos competentes.
F5 News procurou a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A SMS afirma que a unidade, que é de pequeno porte, está atendendo dentro da legalidade. Sobre a superlotação nas salas de estabilização ocorre pela falta de vagas nos leitos de UTI, que são disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde.
Ainda segundo a pasta, os aparelhos descritos pelo Sindimed que estão em falta são próprios de leitos de UTI que não existem no Município, mas sim no Estado. E que Aracaju não possui hospital regional, que é de responsabilidade de implementação pelo Estado. A SMS diz também que o papel do Município é estabilizar os pacientes e encaminhá-los às vagas de UTI, que são geridas pela SES.
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