Sindimed desconhece denúncia de Gilmar contra médicos do Huse
Entidade discutirá problema quando convocada pelo MPE
Cotidiano 01/12/2011 11h40

Por Márcio Rocha

O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe, por meio de seu representante, José Menezes, se pronunciou para o F5 News sobre o problema referido. Menezes disse que a denúncia do deputado Gilmar Carvalho não está fundamentada, uma vez que os documentos não foram entregues ao Ministério Público, que inclusive, já havia solicitado ao Sindimed, a sua presença para audiência, com a finalidade de discutir o problema denunciado por Gilmar.

De acordo com Menezes, o relatório do deputado será entregue ao MP na próxima segunda-feira. Daí em diante, a entidade tomará conhecimento das ausências dos plantões e das ações atribuídas aos médicos do HUSE denunciados por Gilmar em seu programa de rádio.

O Sindimed já entrou em contato com Petrônio Gomes, presidente da Sociedade Médica de Sergipe, procurando dialogar sobre a questão para que as entidades possam tomar as providências a respeito do caso. Até agora a acusação feita por Gilmar Carvalho não está fundamentada. Menezes destacou que a documentação, segundo Gilmar, foi encaminhada para o governador do estado, Marcelo Déda, para que este tomasse conhecimento dos problemas contidos no relatório. Menezes disse que o sindicato aguardará convocação do Ministério Público Estadual, para discutir o tema, possivelmente na próxima semana.

A denúncia de Gilmar Carvalho versa sobre documentos recebidos informando que quatro médicos trocaram de papel no Hospital de Urgência de Sergipe, que, ao invés de salvar vidas, passaram a aliar-se às doenças com a finalidade de ganhar dinheiro em cima das cirurgias que poderiam ser realizadas no hospital, mas os médicos, valendo-se da urgência dos pacientes, recomendavam que fossem feitas em hospitais particulares, mediante pagamento de valores em torno de R$ 3.500 por paciente, além de faltarem deliberadamente os plantões e estarem ligados à empresas de órteses e próteses, dispensando procedimentos que poderiam ser feitos de forma imediata, protelando por vários meses as intervenções.

Entre as acusações, está uma contra um médico que deu entrada em 37 atestados para faltar ao trabalho, e outros que estariam nos seus consultórios particulares no mesmo momento em que deveriam estar dando plantão no HUSE, além da demora proposital em realizar cirurgias de urgência, como fraturas expostas, por exemplo. Além da prescrição de próteses para pacientes que não tenham necessidade do uso dos equipamentos, com objetivo de encarecer o custeio das internações e intervenções, com o objetivo de beneficiar empresas com as quais os médicos teriam ligações. Além de agressões físicas e verbais praticadas contra uma enfermeira em horário de trabalho no HUSE.

Gilmar afirmou em seu programa que irá ao Ministério Público Estadual, levar a documentação e que a denúncia é de conhecimento do Sindimed e do Conselho Regional de Medicina, afirmação negada por José Menezes.

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