Investigação
SSP não explica morte de Clautenis dos Santos durante ação policial
Corregedora diz que policiais teriam sido agredidos na abordagem em Aracaju
Cotidiano | Por Will Rodriguez 09/04/2019 12h54 - Atualizado em 10/04/2019 06h28

A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP) ainda não tem explicações para a abordagem policial que resultou na morte do designer de interiores Clautenis José dos Santos, 37 anos, em Aracaju. Em entrevista coletiva, no começo da tarde desta terça-feira (9), os delegados responsáveis pelo caso disseram que cinco pessoas já prestaram depoimento, mas todas as versões ainda serão verificadas. 

A delegada Tereza Simony, titular do Departamento de Homicídios (DHPP), considera precipitado divulgar os detalhes das oitivas dos três policiais envolvidos na ação, como também do motorista e do amigo de Clautenis que presenciaram a execução do rapaz. "Estamos levantando imagens das câmeras de estabelecimentos da região. O inquérito é sigiloso e nós precisamos confrontar as informações", disse. 

A operação aconteceu por volta das 22h desta segunda-feira (8), quando policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) averiguavam uma denúncia do roubo de um veículo modelo Corolla no conjunto Bugio, na zona oeste da capital, onde Clautenis iniciou a corrida. No bairro Santos Dumont, segundo Leandro Santos, que também estava no carro, os policiais fizeram o cerco e efetuaram disparos sem qualquer chance de defesa. 

Na narrativa apresentada pelos policiais, os ocupantes do carro teriam reagido à abordagem, conforme  a corregedora da Polícia Civil, Erika Magalhães. "Havendo indícios de que existe uma situação de crime, os policiais devem fazer a chegada de forma tranquila e bastante técnica. Pelo que a gente percebeu, a princípio, os policiais também  sofreram algum tipo de agresssão, no início, e houve um 'confronto' que infelizmente culminou com o óbito", afirmou. 

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O veículo em que Clautenis foi morto já passou pela perícia da Polícia Civil, que não identificou nenhum item que o tornasse suspeito e também já constatou que o automóvel possuía cadastro ativo e regular na empresa de transporte por aplicativo. 

A SSP informou que Clautenis não possuía passagem pela polícia. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, que também vai subsidiar as medidas administrativas em relação aos policias envolvidos, que não foram afastados inicialmente. 

Ministério Público

O Ministério Público de Sergipe instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais envolvidos na morte de Clautenis. Em ofício enviado ao secretário da Segurança, João Eloy, o promotor de Justiça, Eduardo Matos, pede que o Inquérito Policial seja encaminhado para a Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial após a investigação. 

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