Suspeitos de três homicídios são presos em operação da Polícia Civil de SE
Trio faria parte de associação criminosa que executava usuários de drogas em dívida Cotidiano | Por Fernanda Araujo e Saullo Hipólito 29/05/2019 17h35 - Atualizado em 30/05/2019 20h52Durante uma operação da Polícia Civil de Sergipe, três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na morte de três jovens, crimes que ocorreram em abril deste ano e outubro de 2017. Uma das vítimas foi a jovem Anne Carolyni, de 26 anos, assassinada no dia 14 do mês passado, em Carmópolis, leste de Sergipe. As informações foram passadas em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (29).
Bruno Santos Viana, o 'Cabeludo', 25 anos, Caio José da Silva Santos, 22, e Marcos Vinícius Martins da Silva, conhecido como 'Vini', 19, foram presos no final da tarde desta terça-feira (28), sob acusação de integrarem uma associação criminosa. Segundo as investigações da Polícia Civil, outros dois integrantes - Miguel Alves de Oliveira Junior, 'Ninho Cambaio' 19, e Reginaldo de Jesus Xavier, 'Reginho', 31 -, que já estavam detidos, também estão envolvidos em um dos crimes.
Entre as vítimas está Maurício Santos Filho, conhecido como 'Nego Bom', 30 anos, que segundo a polícia era traficante e assaltante, assassinado um dia antes de Anne nas imediações de uma casa de espetáculo em Carmópolis, após uma briga; e Anderson Nunes Silva Santos, o Bambinha, assassinado em 2017 quando tinha 16 anos, que, segundo a polícia, era usuário de droga e devia aos autores do crime.
Anne, que era filha de um secretário municipal e ex-vereador de Carmópolis, foi encontrada sem vida em um prédio abandonado numa rodoviária da cidade sergipana. Na época, a Polícia Civil trabalhava com a suspeita de que o crime poderia ter relação com o tráfico de drogas exercido na região. Segundo a polícia, no entanto, ela foi morta depois de uma tentativa de estupro, após se recusar a ter relações sexuais com um dos suspeitos.
Em depoimento à polícia, o preso Caio Santos, que nega participação, disse que estava usando crack com a jovem, Marcos Vinícius teria se aproximado da garota e ordenado que ele corresse, quando a viu sendo executada. A polícia não acredita na versão. "Se valendo do fato que ela estava dormindo sob efeito de droga na rodoviária. Caio levou o Vini ao local, na verdade eles queriam manter relações sexuais com ela, pois tinham conhecimento que ela fazia programa. Ela grita e diante dessa reação, como ela se recusou, Vini atira na cabeça dela", disse o delegado Wanderson Bastos, que comandou a operação 5º Mandamento.
De acordo com o delegado, informações sobre os casos passadas por uma testemunha foram fundamentais para chegar aos autores dos crimes e desarticular o grupo. Com base em elementos de investigação sobre a morte de Anderson, em 2017, a polícia descobriu a participação de cinco pessoas, que atuavam eliminando usuários de droga que se tornavam devedores dos traficantes da região.
"Sobre a morte de Anderson, o 'Cabeludo' (Bruno) levou o 'Ninho Cambaio' (Miguel) até o local onde a vítima se encontrava e junto com os outros imobilizaram a vítima, possibilitando que o Ninho o executasse. O inquérito sobre este caso ficou parado porque as evidências até então coletadas não foram suficientes para chegar a convicção que hoje nós temos", relatou Bastos.
Em relação ao crime que vitimou Maurício, o delegado disse que o rapaz se envolveu em uma briga dentro de uma casa de espetáculo com Marcos Vinícius e Bruno Viana e, ao sair do local, foi executado.
Os outros dois suspeitos, Miguel Alves e Reginaldo Xavier, já estavam detidos por outros crimes; Reginaldo por tráfico no ano passado, e Miguel, que estava em liberdade após cometer roubo, foi detido novamente por outro crime.
A Polícia Civil informou que o inquérito foi encaminhado à Justiça.


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