A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado (MPE) apuram irregularidades na cobrança da taxa de abate em matadouros de outros municípios sergipanos. Segundo os investigadores, não é possível precisar a quantidade de cidades suspeitas, mas alguns procedimentos já foram instaurados para apurar a prática de exação qualificada (cobrança indevida de tributos).

Segundo a promotora Luciana Sobral (foto), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE, há indícios de que o modus operandi aplicado no município de Itabaiana, cujos gestores foram presos nesta quarta-feira (7) durante a operação Abate Final, esteja sendo reproduzido por diversas administrações municipais, causando dano ao erário. Alguns desses estabelecimentos já começaram a ser interditados. 

“Algumas prefeituras já estão sendo investigadas. Novas notícias chegaram hoje e todos os casos em que houver indícios serão investigados”, informou a promotora Luciana Sobral, ressaltando que esses procedimentos infringindo o Código Tributário podem resultar na adoção de medidas cautelares, dentre elas prisões preventivas, com a finalidade de desarticular a prática delituosa.