Três cidades sergipanas ainda têm vagas em aberto para o Mais Médicos
Maior parte dos profissionais é sergipana e atua nos municípios desde dezembro Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 14/02/2019 11h30 - Atualizado em 14/02/2019 16h34Com o objetivo de socializar todos os médicos participantes do Programa Mais Médicos, a Comissão Coordenadora Estadual (CCE) reuniu 90 profissionais na Fundação Estadual de Saúde na manhã de hoje para um acolhimento e realizar uma integração, discutindo direitos, deveres, obrigações e responsabilidades sobre o programa.
Com a saída dos médicos cubanos do território brasileiro, no dia 22 de novembro, 33 municípios sergipanos ficaram sem assistência do Programa Mais Médicos. De acordo com a Referência Técnica do Mais Médicos no Estado, Elisa Virginia, no momento há quatro vagas não preenchidas em três municipios. “Foi lançado o edital na época, mas restam duas vagas em Poço Redondo, uma vaga em Gararu e mais uma em Umbaúba”, afirmou.
Conforme previsto pela Comissão Coordenadora Estadual, as vagas restantes devem ser preenchidas no mês de março. Dos presentes, os dados da organização apontam que a maior parte dos profissionais que já trabalham são sergipanos, os demais são distribuídos entre os estados da Bahia e Pernambuco.
“Estava previsto no edital que viesse [profissional] de qualquer parte do país, desde que fosse brasileiro e possuísse CRM brasileira. O que a gente vê com essa reunião é que 90% são sergipanos. Eles chegaram em dezembro e janeiro, para então realizar esse acolhimento”, disse Elisa.
De acordo com o médico infectologista Marco Aurélio, essa integralização é necessária para que os novos profissionais entendam as doenças, os agravos, o que tem no território e o que ele deve priorizar e cuidar. “É fundamental que o médico entenda que naquele local existem particularidades, além de doenças mais crônicas, temos as arboviroses, que só aquele médico que está no local específico vai diagnosticar”, afirmou.
Uma das parceiras no programa, a Universidade Federal de Sergipe foi representada pelo tutor do Mais Médicos na UFS, João Cavalcante, que destacou a importância da parceria. “A universidade acaba cumprindo o papel de estar ao lado da população, além da formação profissional e produção de conhecimento, um dos papéis da instituição de ensino é batalhar pelas melhorias da sociedade de uma forma geral”, salientou João.
Para a médica generalista Syone Feitosa, o benefício central do programa é para os municípios, que em sua maioria são pobres e não conseguiriam arcar com toda a demanda médica exigida.
“Onde eu atendo, em Indiaroba, temos seis médicos do programa e dois que são pagos pelo município. Eu percebo que a atenção básica no local com o Mais Médicos tem se tornado fundamental, as pessoas têm se preocupado mais. Elas entendem que têm médicos todos os dias e que se pode prevenir doenças”, disse.
Syone ainda deixou claro que é importante que o médico sobretudo eduque a população, para que ela possa se proteger de algum problema resultante da falta de informação.
Participaram do evento, além dos 90 médicos, representantes do Ministério da Saúde, do Conselho de Secretários Municipais (Cosems) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.


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