Três homens foram presos suspeitos de praticar o "golpe do bilhete premiado" em Sergipe. As prisões ocorreram no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e as informação foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública nesta quinta-feira (18).

Os suspeitos foram identificados como Daniel Menezes Dornelles, Daniel Baldo da Silva e Lucas Flores. As investigações foram conduzidas pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). A ação policial contou com o apoio das Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Paraíba e da Polícia Militar de Santa Catarina. Um quarto integrante do grupo criminoso foi identificado como Wagner Parnoff e está foragido.

Conforme a delegada Lauana Guedes, um dos suspeitos, Lucas Flores, tinha mandados de prisão expedidos em cinco estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Sergipe e Paraíba. 

Ainda de acordo com ela, o golpe é antigo, mas continua fazendo vítimas em todo o país. Em Aracaju, quatro pessoas foram vítimas do golpe e tiveram prejuízos entre R$ 100 mil e R$ 300 mil.

“É um golpe antigo, que remonta ao século XIX, mas que ainda gera muitas vítimas. Fizemos um trabalho de campo, captamos imagens e, posteriormente, foi feito o reconhecimento fotográfico desses suspeitos. Representamos pela prisão preventiva e as decisões judiciais foram expedidas”, detalhou Lauana.

A delegada explicou que os golpistas abordam as vítimas, na maioria das vezes idosos, em bairros nobres, e as convencem de que estão com um bilhete premiado, mas que não podem ou não possuem condições de resgatar o dinheiro.

“Um suspeito aborda a vítima e se passa por uma pessoa humilde. De posse de um papel, que o golpista diz ser um bilhete premiado, pega algumas informações. Nesta cena, aparece um segundo golpista, que diz ter ouvido a conversa, e simula querer ajudar”, revelou.

Em seguida, outro suspeito entra em cena para a continuidade do golpe, conforme relata Lauana Guedes. “Ele chega a ligar para uma terceira pessoa, que seria outro golpista, coloca no vivavoz e pergunta se o bilhete é realmente premiado. Com a resposta, eles conseguem convencer a vítima a se deslocar a uma agência bancária, sacar uma quantia em dinheiro e transferir, com a promessa de que vai ficar com o bilhete, já que o primeiro golpista não poderia ficar”, pontuou.

As investigações continuam para prender outros envolvidos na prática desse crime. Informações e denúncias podem ser repassadas por meio do Disque-Denúncia (181).

*Com informações da SSP/SE