UFS inicia o projeto “Você é o que você come”
Projeto visa diminuir casos de doenças transmitidas pelos alimentos
Cotidiano | Por Letícia Mendonça* 26/11/2019 15h14 - Atualizado em 26/11/2019 17h22

Com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos de uma higiene pessoal inadequada e o consumo de alimentos contaminados entre os causadores das doenças transmitidas pelos alimentos (DTA), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) iniciou o projeto “Você é o que você come”. O projeto de extensão do campus do Sertão atendeu 710 alunos do ensino fundamental e promoveu atividades teatrais e brincadeiras para fixação do conhecimento.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as DTA são responsáveis por hospitalizar milhões de pessoas. No mundo, já houve cerca de 400 mil mortes, aproximadamente 31% foram óbitos de crianças abaixo de 5 anos. Só em 2010, 600 milhões de pessoas ficaram doentes. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) afirma que, no Brasil, são notificados, em média, 700 surtos de DTA por ano, sendo 13 mil doentes e 10 óbitos. Já em Sergipe, os dados mostram que foram notificados 24 surtos entre 2007 e 2010.

A coordenadora do projeto, Natália Nespolo, do Núcleo de Medicina Veterinária do campus do Sertão, diz que a falta de informação é um dos fatores que explicam os altos números de casos de DTA. De acordo com ela, as pessoas não procuram atendimento médico e acabam confundindo as DTA com uma virose.

Uma das maneiras de evitar a transmissão dessas doenças é com atos simples: lavar bem as mãos e os alimentos, e, às vezes, essas atitudes passam despercebidas no dia a dia.

"Às vezes o médico não faz a investigação ou a própria pessoa não fala que comeu algo específico que tenha ligação com o sintoma. Dessa maneira, isso acaba se passando por uma virose. Logo, não tem o diagnóstico e, assim, fica difícil a notificação", salienta.

Natália acredita também que o melhor caminho para redução desses índices é trabalhar com a conscientização de crianças e jovens, porque eles absorvem e crescem com aquele conhecimento, e ainda o disseminam, especialmente dentro de casa. Assim, evitam que essas doenças ocorram, ajudando na prevenção e diminuição dos casos.

Ingrid Rhayane, uma das alunas bolsistas participantes do projeto, diz que a semente foi plantada e o quanto é importante levar educação sanitária para as salas de aula.

“Foi possível ver a mudança de percepção acontecer diante dos nossos olhos desde o momento em que dávamos início à nossa ação. É algo difícil de descrever em palavras como a nossa ajuda e conhecimento modificaram as pessoas positivamente, pois foi nítido que as nossas atividades com os alunos foram algo transformador”, avaliou.

Além de Ingrid, o projeto conta com a participação dos alunos Rodolfo Fabrício, Francisco José Santos e Ana Paula de Freitas, todos bolsistas do campus do Sertão.

*Estagiária sob orientação da jornalista Aline Aragão

Edição de texto: Monica Pintosh
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