No dia em que se completa um ano do acidente que matou o cantor Gabriel Diniz e os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias, a Polícia Federal informa que segue com o inquérito aberto, sem  conclusão sobre a causa da queda da aeronave de pequeno porte em uma região de manguezal e mata fechada no povoado Porto do Mato, em Estância  (SE).

Na época, a tragédia mobilizou moradores da região, que auxiliaram o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo nas buscas pelas vítimas. O monomotor modelo Piper Cherokee, fabricado em 1974 e com capacidade para quatro pessoas, estava no nome do Aeroclube de Alagoas e só tinha autorização para voo de instrução. O transporte aéreo seguia voo de Salvador (BA) com destino a Maceió (AL).

De acordo com o delegado da Polícia Federal em Sergipe, Márcio Alberto Gomes Silva, que é responsável pelo inquérito, os laudos periciais, elaborados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, são aguardados.

“Todas as diligências de campo foram materializadas oportunamente, assim como todas as requisições de perícias também já foram materializadas no momento que fomos noticiados acerca da queda. Já temos oitivas materializadas em Sergipe e Alagoas e só aguardamos a conclusão efetiva do feito”, disse o delegado.

O Cenipa disse que os relatórios estão em fase de conclusão; o INC informou à PF que ainda aguarda a conclusão pelos peritos do trabalho pericial acerca das circunstâncias do acidente. “Assim que os laudos forem concluídos, a gente vai oportunamente avaliar a eventual responsabilidade criminal dos proprietários da aeronave, para promover ou não o indiciamento dessas pessoas”, afirmou o delegado Márcio Alberto.