Em meio à pandemia do novo coronavírus, gestos de solidariedade e empatia surgem quando menos se espera. Trazem consigo um alento, dando fôlego para seguir a caminhada e enchem os corações de esperança. Muitos, às vezes, passam despercebidos pela grande maioria, mas são exemplos que precisam ser reconhecidos e valorizados, a exemplo desse que F5 News relata e que circulou pelas redes sociais.

Foto: Reprodução redes sociais

Quando a Prefeitura de Aracaju anunciou que faria a vacinação contra a influenza em um shopping da cidade, através do sistema drive-thru, não imaginou que tantas pessoas sairiam correndo de suas casas no primeiro dia da oferta, causando um congestionamento quilométrico em avenidas da cidade.

Da mesma forma que o vigilante Everton Andrade, quando saiu de casa para trabalhar na manhã da quinta-feira (2), não imaginou que teria pela frente uma missão. E talvez até agora não saiba a importância da ação praticada por ele, para uma família que aguardava angustiada na longa fila da vacina.

O reconhecimento veio através das redes sociais. Uma publicação no Instagram deu grande visibilidade ao relato dos momentos de angústia e ao reconhecimento de uma boa ação. 

Uma neta conta que estava na fila desde as 8h com os avós idosos. O avô de 76 anos é diabético e, por volta da 11h, começou a passar mal - estava tendo uma hipoglicemia. A moça ficou desesperada, o shopping estava fechado e ela não tinha como comprar um alimento para ele, foi quando o vigilante Everton Andrade viu o desespero da jovem e decidiu ajudar. 

Confira o relato completo:
 

Everton Andrade trabalha para a empresa Multseg, que presta serviços ao shopping, e ficou comovido com a situação. Ele diz que estava fazendo a ronda quando viu uma mulher sair da fila e correr em direção à porta do centro de compras. 

“Fui até ela para orientar que o shopping estava fechado e ela relatou que estava com os avós no carro e um deles estava passando mal, porque estava com fome. Fui com ela até o carro e vi o casal de idosos, e a cena me comoveu. Ela ainda me perguntou se eu não tinha uma bala, mas eu fiquei preocupado e perguntei se não ela não aceitava um lanche”, relata Everton.

O vigilante disse que sempre leva um lanche e uma garrafa de café para o trabalho e que tem muito carinho por pessoas idosas, então, não pensou duas vezes, só queria ajudar. “Fui até o meu armário, peguei o lanche e levei pra eles. O sorriso e a simpatia deles encheram meu coração de alegria”, diz.

Ele contou ainda ao F5 News que a jovem ofereceu dinheiro e quis pagar pelo lanche, mas ele recusou e disse que aquilo não tinha preço, “era de coração”. 

“Temos que aproveitar nossa vida na Terra e amar o próximo, estamos vivendo um momento difícil e precisamos entender que a nossa vida aqui é passageira; então, se puder fazer o bem, faça agora. Enquanto eu estiver aqui, se eu puder ajudar, vou ajudar e não quero nada em troca”, disse Everton.

A empresa Multseg, quando soube o que tinha acontecido, providenciou o almoço do vigilante.

F5 News não conseguiu encontrar a família que protagonizou essa história junto com o bom vigilante Everton, mas deixa aqui o registro de um exemplo a ser seguido de solidariedade e compaixão.

Se você conhece uma boa história de pessoas que fazem a diferença, assim como o Everton fez, conta para a gente! E vamos compartilhar juntos, por um mundo melhor.