"Banda dos Corações Partidos" mostra força da expressão do (des)amor
Foco é o amor romântico, passional, tão procurado e temido
Entretenimento | Por Victória Valverde* 27/04/2019 10h00

A arte é um lugar de conflito e desconforto, onde ideais são disseminados e o público ganha uma oportunidade de ampliar a sua visão de mundo ao conhecer novos olhares. Por isso, o artista – estando ele ciente ou não – têm uma responsabilidade social de usar o seu lugar de fala de maneira consciente.

Uma das bandas sergipanas que faz isso é a "Banda dos Corações Partidos". Como o nome sugere, o grupo evoca as desventuras e o melodrama que os relacionamentos amorosos podem carregar. Em uma mistura de tragicomédia, sátira e contracultura, a banda trata do (des)amor romântico, passional, tão procurado e temido.

O grupo foi criado há cerca de dez anos, quando a vocalista, Diane Veloso, participou de uma oficina de teatro que trabalhava com músicas melodramáticas. A partir da experiência, a cantora teve a ideia de montar uma banda que focasse nessa temática.

Além de Diane, os outros corações partidos da banda são: Leo Airplane (Teclado e Sanfona), Luno Torres (Baixo), Josimar Santos (bateria), Alexandre Gomes (guitarra) e Alexandre Sant`anna (composição). O grupo já tem dois EPs com composições originais lançados no Spotify. No momento, a banda está em processo de composição de um novo material com data de lançamento ainda não divulgada.

Desamor e consciência social

Com um som teatral, forte, e conotações políticas no seu discurso, a Banda dos Corações Partidos é uma das coisas mais interessantes do cenário musical independente sergipano. Com influências do samba, bolero, marchinha e MPB, as apresentações do grupo são como explosões emotivas onde o público pode sentir tudo, menos tédio.

“Aqui nesse lugar não há rainha ou rei. Há uma mulher e um homem. Há um homem e um homem. Há uma mulher e uma mulher. Há o que quiser”. Com essa frase, declamada em uma das apresentações da banda no Centro Cultural de Aracaju em março deste ano, pode-se ter uma ideia da vibração emanada pelo grupo.

Seus shows são um espaço de completa entrega por parte da banda e do público, onde cada um pode ser o que quiser e se expressar da forma mais honesta possível. O grupo também tem consciência do seu lugar de fala e faz questão de se posicionar politicamente.

“A gente faz política a partir da hora que acorda. A arte também é política. É a forma como você se insere na sociedade e dialoga com ela. Estamos vivendo um momento difícil, que pede uma colocação de todo mundo, não só dos artistas. Devemos usar nossa voz de uma forma potente e verdadeira, é nisso que eu acredito”, disse a vocalista Diane Veloso. 

 

*estagiaria sob a orientação da jornalista Monica Pinto. 

 

 

 

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