Embora a Prefeitura Municipal de Aracaju, parceira do projeto, ainda não tenha marcado nova data para o lançamento do Caju na Rua, a iniciativa de Fábio Sampaio continua provocando a cena local. Prova disso, um grupo de realizadores vislumbrou na intervenção urbana a oportunidade para mergulhar no universo das artes visuais.

De acordo com Arthur Pinto, diretor de um documentário inspirado pelo Caju na Rua, o diálogo é a chave dessa aproximação.

“Pra mim não há como você criar arte sem que objetivo desta arte seja comunicar algo para os outros. Particularmente eu tenho um maior interesse, dentro das artes visuais para a pintura, como sou Dir. de Fotografia sempre presto muita atenção na maneira como são detalhadas as luzes e sombras, as proporções e pespectivas... e foi desta relação que me aproximei mais de Fábio, gosto do trabalho que ele desenvolve porque ele tem uma proposta de trazer a arte para nosso cotidiano, fazer com que ela esteja em nosso caminho e não passe despercebida”.

Na opinião de Arthur, o Caju na Rua é um projeto revolucionário. O realizador enxerga na relação estabelecida entre as peças distribuídas pela capital sergipana e a população um fenômeno sem precedentes, capaz de interferir, de maneira efetiva, no cotidiano das pessoas.

“O Caju na Rua é sensacional. Se alguém tiver a oportunidade de se sentar próximo a qualquer um dos cajus já expostos pela cidade vai vivenciar o que há de mais valioso neste projeto, que é o de interação com as pessoas. Aracajuanos, pessoas do interior do estado e turistas se deparam com os cajus e expressam reações muito diferentes. Alguns chegam a toca-los para sentir a textura, outros tiram fotografias... Há até quem cuide do trabalho de nossos artistas, lavando e limpando as esculturas”.

Arthur explica ainda que filme ainda está em faze de finalização. Segundo ele, a intenção dos envolvidos no documentário é lançar o filme no começo do segundo semestre, quando o trabalho será disponibilizado para o Cine Circuito Livre, que ficará responsável pela distribuição do documentário no circuito de cineclubes em Sergipe e no Brasil.