Dança de Salão é opção lúdica para quem quer praticar exercícios
Modalidade promove bem estar físico e emocional
Entretenimento | Por Victória Valverde* 02/02/2019 10h00 - Atualizado em 04/02/2019 07h15

O barulho constante do riscar de calçados no piso pode ser incômodo para alguns, mas para outros, faz parte da rotina. Independente do seu nível de técnica, a arte de dançar traz inúmeros benefícios aos praticantes, tanto para o corpo quanto para a mente.

A dança está presente na vida da graduada em psicologia Edice Fontes há 36 anos, sendo 22 dedicados à modalidade de Salão. Nos últimos cinco anos, além de dançarina, Edice virou professora.

“O que me despertou o interesse nas danças de salão foi a possibilidade de conversar sem usar palavras, de expressar beleza, harmonia e romantismo. Surpreendi-me também com o poder que a dança de salão tem de, além de aprimorar as relações a dois, melhorar as demais relações interpessoais”, diz Edice (na foto à direita), que atua como facilitadora de danças de salão no espaço “Casa Z Nordeste”.

A professora também desenvolve o projeto "Danças no Salão", que visa levar a prática ao conforto dos condomínios. Atualmente, o projeto está em execução nos bairros Jardins e Jabotiana. Desse projeto nasceu outro, o “Entre Elas”, cujo foco é a prática exclusiva desta modalidade para e por mulheres.

Dança a dois

A dança, como toda arte, tem um caráter terapêutico, uma vez que estimula profundamente nosso campo sensorial. A professora Edice diz que a dança de salão requer um processo constante de comunicação, já que funciona através de um trabalho em conjunto com o ritmo da música e o domínio dos passos.

Dançar a dois proporciona o conhecimento de nossos corpos com seus limites, a beleza de seus movimentos, a alegria de sua expressão. A modalidade ainda trabalha a coordenação motora, agilidade, ritmo, percepção espacial, desenvolve a musculatura, melhora a autoestima, rompe bloqueios psicológicos, possibilita convívio e aumenta a qualidade das relações sociais”, afirma a professora.

A pedagoga Denise Rocha, de 68 anos (na foto à esquerda), conheceu a dança de salão através de uma aula experimental com o marido, João Luiz. Denise já pratica a modalidade há um ano.

 “Fui junto com o meu marido para a primeira aula e não saímos mais. O ambiente é maravilhoso e melhorou muito a nossa vida. A dança de salão exercita a memória, o desempenho físico e, como é uma dança a dois, é um exercício de conhecimento, de aperfeiçoamento a dois e de respeito através da dança”, afirma a pedagoga.

Quebra de padrões

Por ser uma modalidade antiga (historiadores dizem que ela nasceu na corte francesa de Luís XIV e foi espalhada pela colonização europeia), a dança de salão tem na sua história alguns aspectos mais tradicionais. Anteriormente, os participantes eram chamados de “cavalheiro” e “dama”. Hoje, fala-se “condutor” e conduzido”.

É cada vez mais comum ter casais do mesmo sexo e a modalidade está cada vez mais democrática, sendo capaz de atender às necessidades de toda e qualquer pessoa, de qualquer sexo ou idade.

O papel da mulher também sofreu evolução dentro da modalidade. Ao longo dos anos, ela vem se tornando protagonista enquanto professora de dança de salão, em contrapartida a um cenário não muito longe dos dias atuais, onde o papel feminino era restrito a auxiliar o professor.

Onde praticar

A modalidade da dança de salão ainda está em ascensão em Aracaju, mas já existem alguns lugares onde ela pode ser praticada. Confira a lista a seguir:

- Casa Z Nordeste, localizada na avenida Mário Jorge de Menezes, 1806, Galeria Amaromar, sala 14, Coroa do Meio.

- Dance A2, localizada no Iate Clube de Sergipe.

- Espaço de Dança Corpo e Alma, localizado no conjunto Orlando Dantas.

 

*estagiária sob a orientação da jornalista Monica Pinto.

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