Por Elisângela Valença

Promover a divulgação e a comercialização do artesanato sergipano sem intermediários ou atravessadores. Esta é a proposta do Feirão de Artesanato e Produtos Regionais da Codevasf. A décima quarta edição acontece até amanhã (30), das 8h às 19h, na sede da Codevasf em Aracaju, à avenida Beira Mar, zona sul da capital.

Renda, bordado, cerâmica, madeira são alguns dos materiais que podem ser encontrados por lá. Nesta edição, o Feirão reuniu 70 artesãos de 15 municípios da Bacia do Rio São Francisco. “Um dos muitos benefícios do Feirão é que o artesão não apenas vende o que traz, mas divulga seu trabalho, aumenta o número de clientes e encomendas e se mantém trabalhando o ano todo”, disse Fernando Pires, assessor regional de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf/SE.

“Aqui é bom porque a gente escoa nossa produção”, disse Nelma Melo, artesã há 20 anos e que participa do Feirão há cinco.

“O artesão que participa volta para casa feliz com venda de 90% a 100% dos produtos trazidos”, comentou Fernando, acrescentando que o Feirão recebe uma média de mil visitantes nos três dias.

João Batista (foto) é artesão há 35 anos. “Eu me orgulho do artesanato. Eu tenho uma casa e três filhos criados com o artesanato. É dele que me sustento”, disse. Ele é presidente da Cooperativa de Artesanato de Carrapicho, cidade a 122 km de Aracaju, conhecida pelo artesanato e que hoje leva o nome de Santana do São Francisco.

“O Feirão da Codevasf vira nosso 13º salário”, brinca. “E mais que suporte financeiro, o Feirão amplia nosso horizonte, divulgando nosso trabalho, atraindo novos clientes. Meu trabalho está espalhado pelo Brasil inteiro”, comenta.

E quem também parece gostar bastante do Feirão é a clientela. “Todos os anos, eu estou aqui fazendo minhas compras de final de ano. O Feirão preserva a tradição e a autenticidade do artesanato sergipano”, disse o reitor da Universidade Tiradentes, Jouberto Uchôa.

A estudante Paula Santos visita o Feirão pela terceira vez. “Eu acho muito interessante, admiro muito a habilidade e o talento do artesão, a valorização da cultura. Sempre faço compras”, disse Paula, enquanto era ‘arrastada’ pela filha pequena que queria comprar um cofre cor-de-rosa em forma de porquinho.