Idosos festejam carnaval ao som de marchinhas
Entretenimento 14/02/2015 12h00

Um carnaval para maiores de 60 anos. Este foi o pré-requisito para cair na folia na manhã de sexta-feira (13), no Espaço Ativo, instituição de saúde especializada em geriatria. Ao som de ‘Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí!’, dentre outras marchinhas que foram sucesso nas festas de Momo comemoradas em clubes e bloquinhos de rua, os idosos se fantasiaram e aproveitaram a ocasião.

Com 90 anos de muita lucidez e energia, José Pereira Lima acompanhou a esposa, Crinaura, de 75 anos, no evento carnavalesco. “Estar aqui é muito bom para nós. Melhor do que ficar em casa, reclamando da vida. Minha companheira tem um problema de depressão e faço de tudo para ela ficar feliz”, contou.

Com um espírito dinâmico e jovial, Chico, como gosta de ser chamado o ex-professor universitário e doutor em Filosofia, Francisco Andrade Filho, ficou no páreo para ganhar

o concurso de ‘Rei do Carnaval’. “Me incomodava esquecer os nomes das pessoas e com o envelhecimento, eu não sabia lidar com minhas emoções. Por isso que nós, idosos, precisamos nos sentir bem, trabalhando o corpo e a alma, constantemente. Veja que beleza é comemorar o carnaval com nossos amigos! A vida é limitada, mas para sermos felizes, não têm idade e nem limitação”, filosofou sabiamente ao aproveitar plenamente os seus 76 anos.

Com um quadro de Mal de Alzheimer há 15 anos, Ruth Adão de Fontes Lima foi uma das Senhoras que participaram do bom revival. Para a filha, ao cantar as marchinhas de carnaval, a mãe está na verdade estimulando a memória. “Ela tem dificuldade na memorização, seja de fisionomia, ou de nomes. Este tipo de evento é excelente para que ela ative a memória e sociabilize”, falou Lígia Lima.

De acordo com a Terapeuta Ocupacional, Luciana Deichmann, toda atividade lúdica que trabalhe temas, como o carnaval, é excelente para reabilitação de idosos. “Alguns sofrem processos de demência e não sabem nem que dia é hoje. Então trazer este evento lúdico e temático para o dia a dia deles é muito importante. Além disso, favorece a interação social com um lazer prazeroso, bem como previne esse declínio cognitivo”, esclareceu.

A geriatra que acompanhava o evento na folia com os pacientes, Luciana Costa Gouveia, diz que o carnaval é um ótimo motivo para melhorar o humor dos idosos. “Carnavalizar é uma terapia para a mente, ao mesmo tempo em que movimenta o corpo. Ao participar da festa, tratamos de forma simples, quadros como depressão, isolamento social e ainda temos mais humor para viver a vida”, finalizou a médica.

Fonte e foto: Assessoria de Comunicação

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