Por Míriam Donald

Cinema e Sustentabilidade. Como umas das pautas do 12º Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe, o Curta-se, o tema foi discutido no segundo painel do Seminário Sergipe Del Rey, na manhã desta quinta-feira (20), no Sebrae. A importância de mesclar o tema no evento é vista pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Genival Nunes, como algo inusitado e extremamente pertinente. Em sua palestra sobre ‘Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável´, ele abordou a relação entre sustentabilidade e a natureza humana.

“É possível efetivamente analisarmos a sustentabilidade da forma que queremos como algo imaterial como é amor. De que forma vamos concretizar essa sustentabilidade? A formação psicológica do homem permite efetivamente a sustentabilidade? Existe a possibilidade de crescer e ser efetivamente sustentável? Esses questionamentos eu faço para que se possa entender o viés da questão ambiental dentro do cinema”, diz o secretário.

Outro assunto abordado foi a ‘Intervanção do Cotidiano Sensitivo’, onde o meio utilizado é a Internet. Os pernambucanos Ricardo Ruiz e Ricardo Brasileiro, que trabalham em laboratório de engenharia e design, explicaram sobre a intervenção que fazem sobre a interatividade. “Fazemos uma navegação dirigida pela internet passando por uma série de projetos e ideias e o potencial que a internet tem de levar isso ao cotidiano e, a partir disso, criar relações. Esse trabalho vai desde as primeiras experiências de interatividade com o cinema e passa por alguns conceitos de internet”, afirmou Ricardo Brasileiro.

Para facilitar o entendimento, Ricardo informou que de tudo que é presenciado no dia-a-dia, e passando a potência do que é criado na internet para o cotidiano. “Pode-se criar um sistema que controle o fluxo de água de uma cidade, aplicações que direcionem o trânsito proporcionando mudança de rota, ou seja, é pensar o cotidiano, sua sensibilidade e agir sobre isso”, explana.

De acordo com a diretora executiva do Curta-se, Rosângela Rocha, a ideia é chamar para si a responsabilidade com o meio, mas também utilizando a cultura como um parâmetro para que essa divulgação e comunicabilidade com o público possam ser mais evidentes. “Para proteger o meio ambiente, nossa maior riqueza, assim como a cultura, uma vez que ambos são ricos em diversidade, identidade e tecnologia e inovações. Para nós, é mais do que urgente começar a pensar que mundo nós queremos para os nossos filhos e futuro nós queremos a partir desce crescimento, dessa inclusão e dessa proteção ao Meio Ambiente”, observa.