TEXTOS ANTIVIRAIS (46)
Blogs e Colunas | Luiz Eduardo Costa 29/01/2021 19h16 - Atualizado em 29/01/2021 19h21

O SINTESE E SUAS MARCHAS FÚNEBRES

(O SINTESE e seus festivais fúnebres)

O SINTESE, aquele sindicato barulhento que trocou a civilidade pela agressão, não tem tempo para prestar contas aos seus filiados sobre o destino da bolada, hoje girando em torno de 500 mil reais, que recebe mensalmente. Acabou-se a obrigação que tinha o estado de descontar dos salários pagos ao magistério, o percentual destinado ao SINTESE, que chegara antes próximo de um milhão de reais por mês. Por isso, o dinheiro que já foi muito mais tem diminuído, mas ainda é vistoso.

Caso essa apetitosa quantia fosse regularmente destinada a prestação de serviços aos seus associados, sem duvidas seria um caminho benéfico e elogiável.

Montado confortavelmente em toda essa dinheirama o SINTESE não oferece nenhum beneficio real ao seus associados.

O discurso político não foi renovado, não acompanhou as transformações na educação, não responde aos desafios que surgem, e concentra-se, inteiramente, na mesquinhez de uma luta pseudo-ideológica que beneficia a pequena panelinha agarrada à sua rendosa boquinha. Forçado pela reação da sociedade, o Sintese desistiu do grevismo, uma forma nefasta de ação que condenava o aluno da rede pública a ter um tumultuado calendário de aulas. Não se sabia nunca quando o ano letivo terminava mesmo. Isso levou a rede pública sergipana a uma decepcionante perda de qualidade, e a consequente evasão escolar. O Sintese ao longo do tempo tem sido o maior entrave para que a escola pública em Sergipe venha a merecer uma boa avaliação.

Sectarismo não combina bem com magistério, raiva, ódio, nunca foram uma boa pedagogia.

Mas a pauta do Sintese é, toda ela, uma trajetória de odiosidade, e, pior ainda, inspira-se na morte. Seguindo esse caminho fúnebre o SINTESE organiza as suas manifestações, ou palhaçadas de horror. E haja enterrar pessoas, simbolicamente, sem duvidas, mas, com toda aquela “liturgia” de vampiresco gosto, onde não faltam caixões, velas , cantos, e até as monocórdias carpideiras Coisa tétrica, mas afinal feita por professores, os mesmos que faz tempo, eram respeitosamente chamados de Mestres. Esses mestres, aliás cada vez em menor quantidade, transformam-se numa espécie de moleques-coveiros, que ofendem a profissão honrada, e banalizam a sacralidade da vida humana.

Dessa forma, “enterraram” ao longo de trinta anos todos os sucessivos secretários da educação, e de quebra alguns governadores. Marcelo Déda foi um deles. E aqui o detalhe de uma crueldade sórdida: quando “enterraram” Déda, ele estava atravessando seu calvário num hospital, e a sua irmã Maria do Carmo , sua mulher Eliane, seu amigo Oliveira Junior, assistiram como tremiam suas mãos ao ver aquele vídeo de galhofa desumana do seu antecipado velório, e o caixão carregado ou acompanhado por tanta gente a quem estendeu a sua mão amiga, de homem solidário e de sentimentos nobres. Gente que teve amplos espaços de confiança no seu governo.

Parece que o Sintese não se constrange em enlamear a dignidade e a honra, desde que esteja a servir aos interesses restritos à mesquinharia dos seus propósitos.

Talvez se tenham cansado dos enterros, e preferem agora fantasiar pessoas com as vestes daquela “inimiga das gentes”, sendo a abre-alas do carnaval sintesiano de ruindades misturadas às baixarias, tão carentes de ética, e sensibilidade.

Nesses tempos de pandemia, onde o sofrimento e as perdas preocupam e enlutam tantas pessoas, o Sintese não demonstra um mínimo sequer de constrangimento quando continua sua festa grotesca, tendo como motivação a morte.

A digna, respeitável, e insubstituível classe dos professores, que luta pela sua valorização, não merece um Sintese a representá-la.

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SALVANDO A ONÇA E A NOSSA IMAGEM

(A onça poderia melhorar a imagem do Brasil)

A cena da onça pintada sendo devolvida ao seu habitat, o Pantanal do Mato Grosso, percorreu o mundo. Foi uma boa mensagem enviada pelo Brasil. A prova de que daqui não sumira por completo o sentimento, ou aquele abraço de solidariedade à natureza e ao mundo.

O casal de onças, ferido gravemente pelo avanço do fogo e da fumaça, foi resgatado quase perto do ultimo suspiro. Tinham as patas e vários pontos do corpo queimados. Transportado em avião da FAB, foi levado a um local onde recebeu um tratamento intensivo. Mas só o macho sobreviveu.

E então houve a devolução do belo espécime felino plenamente recuperado, retornando para reencontrar-se com o que teria sobrado do seu rebanho de algumas dezenas naquela área que restou verde.

Aos europeus, ou melhor, ao mundo civilizado, a imagem poderia começar a desfazer a aversão que hoje alimentam em relação ao Brasil .Tudo em consequência do comportamento bizarro do presidente Bolsonaro, e à sua incurável alergia à cultura, às artes, ao meio ambiente, à convivência pacífica e harmoniosa entre as pessoas.

Alguém no mundo civilizado já teria ouvido um presidente dizer a jornalistas: “enfiem no rabo essas latas”. Pois é, o presidente brasileiro disse isso, e disse muito mais.

Por coisas assim, esses atos e palavras inconcebíveis, saindo da boca de um chefe de Estado, o conceito do Brasil internacionalmente desabou.

Nos tornamos mesmo o país “pária do mundo”, tal como disse desejar o embrutecido e esquisito ministro das relação exteriores Ernesto Araújo, desde que mantivéssemos o extremismo ideológico do qual é um ensandecido militante.

O presidente poderia ter participado daquele ato onde havia uma pequena parte da equipe que, na agonia do fogo devastando o pantanal estava na linha de frente do combate, tentando debelar o incêndio, salvar a fauna e a flora. Ao lado da onça, Bolsonaro, sem imaginar o couro do bicho no seu gabinete, poderia transmitir uma imagem do Brasil se contrapondo exatamente a tudo o que ele próprio costuma dizer, e, sem dúvida, aliviaria um pouco a má impressão que causa quando revela desprezo a tantas coisas que são fundamentais para que possamos viver melhor .

Festejando a sobrevivência da onça, Bolsonaro demonstraria responsabilidade com o meio ambiente, e daria credibilidade a um possível novo discurso sobre a preservação da Amazônia. Poderíamos até recuperar aquele Fundo da Noruega e Dinamarca, que perdemos. Seria mais de um bilhão de dólares. Hoje, em consequência da falta de recursos está desmobilizada uma parte do trabalho realizado pelos órgãos ambientais, e as ações nas comunidades indígenas.

O vice-presidente Morão tem feito um enorme esforço para recuperar aqueles recursos, mas, não é fácil convencer os países doadores de que Bolsonaro mudou.

Mas aí surge aquela desatinada propaganda a ser veiculada na Europa, destinada segundo os seus idealizadores a mostrar a “verdadeira imagem” do governo Bolsonaro.

O vídeo que estão exibindo é um verdadeiro festival de incompetência e de desconhecimento do publico ao qual se destina.

A cena de abertura é Bolsonaro montado num cavalo cercado por policiais e trotando no meio de um aglomerado de pessoas que o aplaudem.

Coisa para horrorizar europeus.

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TROCA DE COMANDO NO TJ SERGIPANO

(No TJ sai Osório entra Ulisses)

Os rodízios no comando do Tribunal de Justiça de Sergipe, se fazem, sem aquelas disputas que antecedem as escolhas. Um colegiado com poucos integrantes torna mais fácil as escolhas sem as renhidas disputas que caracterizam outros assemelhados, todavia com um número elevado de membros.

O rodízio se aplica e cada um desembargador já sabe com precisão quando chegará a sua vez de preencher o seu biênio.

O sistema não deixa de ser igualmente democrático, porque resulta de um consenso, e a todos oferece a mesma oportunidade. No Tribunal de Contas de Sergipe, com apenas sete Conselheiros se aplica o mesmo processo, embora, desta vez, estejam surgindo informações de que se pretenderia prorrogar o atual mandato, e o argumento seria a pandemia. Outros entendem como alguma indisposição disfarçada contra o conselheiro Flávio Conceição, que, tendo sido inocentado pela Justiça, é um conselheiro no pleno gozo de todos os seus direitos.

Mas, voltemos ao TJ, onde felizmente coisas assim não acontecem.

O sistema adotado tem inúmeras vantagens, e parece que a expectativa de chegar ao comando em tempo certo, consolida propósitos, matura ideias, faz surgir projetos, e todos os presidentes têm sido excelentes gestores.

Agora o desembargador Osório de Araújo Ramos, conclui o seu mandato.

Se fosse possível sintetizar o sucesso amplo e reconhecido que ele teve nesses dois anos, bastaria dizer: Ao desembargador Osório, ao cidadão Osório, nada do que é humano lhe é indiferente.

Seu substituto será o altivo, desembargador Edson Ulices, também representante de uma tribo, a dos Xocós, onde tem parte das suas origens, e isso é uma marca da sensibilidade social na sua vida pública.

A desembargadora Ana Lúcia Freire de Almeida dos Anjos, será a Vice-Presidente e o desembargador Diógenes Barreto o Corregedor-Geral.

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UMA FRASE CONCLUSIVA

(O general Santos Cruz falou e disse)

Disse o general de exército reformado Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-Ministro Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República : “Bolsonaro não tem noção institucional do cargo que ocupa”.

Ele referia-se aos ataques grosseiros do presidente que mandou jornalistas “enfiarem no rabo as latas de leite condensado”.

E acrescentou Santos Cruz : “Isso representa uma vergonha nacional e internacional para o Brasil”.

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Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa

É jornalista, escritor e membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências. Ambientalista, fundou o Instituto Vida Ativa que, dentre outras atividades, viabilizou em 18 anos o plantio de mais de um milhão de mudas da Caatinga e Mata Atlântica.

E-mail: lecjornalista@hotmail.com

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